quarta-feira, 5 de outubro de 2016

O jogo dos erros do manual da dafra Horizon 150

O leitor Mário Grecco, a quem agradeço imensamente, fez o seguinte comentário no blog:

Jeff, tenho uma Horizon 150, no manual dela não pede para ligar a moto por 3 ou 5 minutos desligar e depois medir o óleo, o manual pede para medir o óleo pela manhã com a moto fria e no cavalete central em superfície plana, como saber a quantidade de óleo real nesse caso?

Vamos conferir as fotos enviadas e tentar descobrir quantos erros a gente encontra no manual do proprietário da dafra Horizon 150?

Para quem não conhece, a Horizon 150 é esta bonita moto:
Imagem: http://www.daframotos.com.br/modelos/index/26/horizon-150.html

Por enquanto vou ficar só na parte de troca e inspeção do nível do óleo, senão a postagem ia ficar muito longa. 

Inicialmente vou comentar o procedimento de troca do óleo: Clique na figura com o botão direito do mouse para abrir a imagem em outra aba para facilitar a leitura.


Primeiro erro, o óleo aprovado e recomendado pelos engenheiros da dafra é o mobil supermoto 4T 20W-50, que é um óleo mineral — e eles mandam fazer a troca a cada 3.000 km.

3.000 km com um óleo mineral em um motor esfriado a ar?

Os óleos minerais que resistem mais conseguem chegar aos 1.000 km, alguns poucos até aguentam 1.500 km — não é o caso do óleo recomendado pela fábrica e que era o óleo recomendado pela honda.

E que também é o óleo recomendado atualmente pela kawasaki, e lá ele até pode funcionar bem, porque todas as kawasaki são de arrefecimento líquido, os motores trabalham em menor temperatura, é uma condição mais suave para o óleo.

Mas na hora em que você troca um óleo mineral com essas quilometragens em uma moto esfriada a ar, como é o caso da Horizon 150 e também da Kansas 150, você percebe o alívio do motor ao receber óleo novo — rotação mais suave, marcha lenta estável, ronco silencioso, câmbio redondinho.

Por melhor que seja o óleo, simplesmente não dá para rodar 3.000 km com óleo mineral na Horizon ou em qualquer moto esfriada a ar sem sacrificar as peças do motor — experiência de proprietários, é só pesquisar por aí.

Ganha o Troféu Criss Angel, a Taça David Blaine e o Grande Prêmio David Copperfield mais o Diploma Honorário Mister M o cara que rodar 3.000 km com óleo mineral e ainda conseguir trocar as marchas e achar o neutro com facilidade em uma moto de arrefecimento a ar.

Conforme o óleo envelhece e perde suas qualidades lubrificantes o atrito aumenta, e atrito é igual a desgaste.

O câmbio ficar duro é sintoma de que não só ele, mas todas as peças internas do motor estão se desgastando de maneira irrecuperável até chegar a hora da retífica — algo que sai bem caro.

Os fabricantes dizem o contrário, mas quem paga as peças e o serviço é você — e olha só que coincidência, são eles que vendem as peças e o serviço!

Qual é a pegadinha?

É esta aqui:

"Caso a motocicleta seja usada em locais com muita poeira ou umidade, recomendamos que o óleo do motor seja trocado com mais frequência."

O que é um ambiente sem muita poeira? 

Uma cidade com ruas asfaltadas onde não chove?

Chovendo ou não chovendo, o trânsito urbano é a pior condição porque o motor trabalha mais tempo para rodar menos quilômetros... 

Sua moto roda em velocidades baixas, mas o motor continua girando nas mesmas rotações, a gasolina queimando, o pistão e as demais peças do motor se movendo na mesma rotação.

Só quem gira mais devagar são o eixo de saída do câmbio e a roda traseira, mas o motor continua massacrando e esquentando o óleo no mesmo ritmo.

Na cidade o motor trabalha mais tempo para percorrer distâncias muito menores.

Você pode rodar 500 km na estrada com o motor a 8 mil rpm em 5ª marcha a 90 km/h — ou rodar 500 km com o motor a 8 mil rpm em 2ª e 3ª marchas a 40–45 km/h...

A quilometragem no painel será a mesma, mas o motor (e o óleo) terão trabalhado muito mais. 

Para o óleo, em termos de ciclos de funcionamento e temperatura do motor, essa última condição terá sido pior do que rodar 1.000 km na estrada porque o pistão terá subido e descido mais que o dobro de vezes... e com menos ventilação.

Essa é a condição de uso severo, determinante para diminuir o intervalo de troca do óleo, e sobre a qual não existe uma única palavra no manual.

Com essa estória de poeira e umidade que você encontra em todo lugar, eles falam sem dizer claramente que você deve trocar o óleo com menos de 3 mil km — mas você precisa ler com olhos de conhecedor para descobrir essas minúcias.

O novato pensa que está economizando 20 reais adiando a troca de um litro e pouco de óleo, e depois descobre que vai ter de gastar 2 mil reais para retificar o motor... isso não faz o menor sentido. 


Imagem: Wikipedia
Quem compra a primeira moto é enrolado por essa conversa porque ainda não tem experiência, acredita piamente no que diz o fabricante.

Nem imagina até onde vai a audácia do pessoal na arte de cativar clientes.

Pouca gente lê o manual... e quando lê, encontra barbaridades como essas.

Sigamos:

"Para garantir uma drenagem eficiente" ... "mantenha a moto na vertical"...

Isso é correto apenas em parte.

Ao contrário das motos honda que o pessoal está acostumado, essa carcaça de motor parece inspirada na filosofia de projeto típica da yamaha.

O bujão de drenagem fica na lateral do cárter, portanto o escoamento mais eficiente e total do óleo ocorre com a moto apoiada no cavalete lateral.

Não deixe de inclinar a moto na etapa final da drenagem para remover completamente de verdade o óleo do motor, a menos que você queira manter um bom resto de óleo velho lá dentro...

Pegadinha:

"Quantidade após drenagem: 1,0 litro"... 

Todo mundo cai nessa... Olha a quantidade e não lê o restante do procedimento com as pistas espalhadas para descobrir a verdade...

Olha o que vem depois:

"Verifique se o nível de óleo atinge a marca 'SUPERIOR' e complete se for necessário."

Nenhuma palavra sobre a necessidade de ligar e desligar o motor?

Pegadinha:

Medindo nessas condições, o óleo sempre estará na marca SUPERIOR.

Mas desde quando o nível correto de óleo em motos é determinado sem precisar encher a bomba, o filtro e as galerias de óleo?

Que eu saiba, o único outro manual que usa esse processo é aquele que a dafra publicou para escapar do processo no Ministério Público Federal por conta do escândalo das Kansas e Speed...

Está parecendo até o manual antigo das honda que não explicava essa necessidade de ligar e desligar o motor na mesma página, mandava olhar no procedimento de inspeção... 

Só que a honda já corrigiu essa informação e agora explica tudo na mesma página, apesar de continuar recorrendo ao mesmo esquema "se estiver faltando, complete"...

E o manual da dafra não fala para olhar na página da inspeção do nível... mesmo assim, vamos ver o que eles dizem lá sobre isso? Clique na figura com o botão direito do mouse para abrir a imagem em outra aba para facilitar a leitura.


Xiiii, começou muito mal.

Tem erro grosseirão já na primeira linha:

"Inspecione o nível de óleo do motor a cada 1.000 km."

Acho que quem escreveu esse manual nunca andou de moto, né?

Porque se você deixar para conferir o nível de óleo somente a cada 1.000 km, vai ter uma surpresa e tanto na hora de conferir o óleo... tipo tirar a vareta medidora seca.

Porque um motor normal de uma moto de arrefecimento a ar consome uns 200 a 300 ml de óleo a cada 1.000 quilômetros rodados, dependendo de como for utilizado.

E até mais do que isso, se for um motor de maior quilometragem ou se tiver que enfrentar uma rodovia com subida de serra, se levar garupa com frequência, se fizer apenas trajetos curtos, tem uma pá de coisas.

E um vazamento por conta de um retentor de óleo danificado não tem quilometragem para começar.

É por isso que todos os fabricantes (menos a dafra) sempre recomendam a inspeção diária — a bmw até manda inspecionar o nível de óleo a cada ridículos 50 km...

Aí você já começa com pouco óleo no motor e depois de 1.000 km o estrago está feito... é por isso que tanto motor dá problema já aos 15 mil, 20 mil km... 

Mas na hora que der problema, o proprietário que foi trouxa, esperou demais para conferir e o reparo não é coberto pela garantia.

E não adianta processar alegando que foi o manual que te induziu a conferir de maneira errada (veja mais abaixo) — para o juiz, vale o que está escrito.

Bom para o fabricante vender peças e serviços, horrível para o proprietário que não leu ou não entendeu as sutilezas do manual.

Ou que confia no serviço da concessionária, não confere o nível na primeira oportunidade e só verifica depois de 1.000 km... 

Ou nem se preocupa e deixa para trocar a cada 3 mil km sem repor o óleo consumido... 

E no manual, o que vem depois?

MAS QUE CURIOSO!!!

O procedimento de inspeção do nível de óleo não fala nada sobre ligar o motor!!!

O item 1 fala que deve medir o nível com o motor frio...

Medir sem ligar o motor logo depois de abastecer ou com o motor totalmente frio pela manhã fará o nível aparecer lá em cima na vareta... 

Nenhuma moto de nenhum fabricante usa esse sistema de medir o nível sem antes ligar o motor porque essa não é a condição de uso normal do motor.


Em condição normal de funcionamento, o óleo preenche a bomba, o filtro e as galerias... a leitura logo após o abastecimento ou com o motor frio pela manhã sem ligar o motor será enganosa.

Ué... será que tem alguma pegadinha?

Ah, lá está:

Pegadinha:


"ADVERTÊNCIA"

"O motor e o escapamento estão quentes depois que o motor para. Preste atenção para não se queimar ao inspecionar o nível de óleo. ESPERE 5 MINUTOS PARA INSPECIONAR O NÍVEL DE ÓLEO."


É para medir com o motor frio, mas você pode se queimar ao conferir o nível de óleo... estranho, né?

Ahhh... então você realmente precisa ligar e desligar o motor para inspecionar o nível de óleo, só que isso não é dito diretamente... Quase me enganaram... só que não.

Eles colocaram a informação lá longe do procedimento...

Pra quê simplificar, se pode complicar, né?

Ainda mais se a complicação trará lucro com a venda precoce de peças de reposição, prestação de serviços de recondicionamento do motor e convencimento do cliente a comprar uma moto nova "antes que comece a dar muito problema". 

"Motor de moto é assim mesmo, não dura nada."

Bom para as concessionárias, bom para o importador / montadora, bom para o fabricante de motopeças, bom para arrecadar impostos e movimentar a Economia.

Tsc, tsc... dafra, dafra.... a dafra sempre inovando na arte de redigir manuais...

Então, o negócio é o seguinte:

Se você der uma volta na quadra com sua moto e medir novamente o nível de óleo, aguardando 5 minutos para o motor esfriar, não vai mais encontrar o óleo na marca SUPERIOR.

Ele estará lá embaixo perto da marca INFERIOR porque o óleo circulou pelo motor e demora bem mais de 5 minutos para retornar todo para o cárter. 

Se você não completar o óleo até atingir a marca SUPERIOR, vai começar a usar sua moto já com o motor pedindo mais óleo.

Mas orientado pelo fabricante, o proprietário só pensará em inspecionar o nível de óleo depois de 1.000 km — se lembrar — e cairá que nem um pato.

Preocupados com a longa vida do motor, eles avisam: 

"Se o motor for utilizado com o nível de óleo abaixo do INFERIOR, os componentes do motor serão gravemente danificados."

Pegadinha:

Começando com nível já na marca INFERIOR, seu motor passará os próximos 1.000 km consumindo o óleo, rodando abaixo do nível mínimo, sofrendo de câmbio duro, dificuldade de achar o neutro, motor estalando por aquecimento excessivo...

Você reclamará na concessionária e o vendedor lhe dirá "moto coreana é assim mesmo" — apesar de a Horizon 150 ser chinesa até a alma. Explicarei isso na próxima postagem.

Cereja do bolo jogado na cara dos proprietários:

"Respeite sempre os intervalos recomendados de inspeção e troca de óleo."

Inspeção a cada 1.000 km e troca a cada 3.000 km... 

Espere 1.000 km para conferir o nível de óleo, assim você não descobrirá que rodou com óleo abaixo do mínimo esse tempo todo.

Confie na informação da troca aos 3.000 km, que te estimulará a não se preocupar com a conferência do nível, porque o fabricante não avisa que o óleo é consumido normalmente... e rapidamente.

E quando você fizer a reposição, a troca ou a inspeção do nível de óleo, fará do jeito cheio de chicanas e portanto errado orientado pelo manual do proprietário.

Seria piada, se não tivesse a assinatura do fabricante e o prejuízo não fosse exclusivo dos consumidores.

Para finalizar, que eu já perdi a conta dos erros do manual, eles falam para não usar um óleo de baixa qualidade, usar somente o óleo recomendado por eles.

O que é um óleo de baixa qualidade?

Seria um óleo recondicionado? 

Está certo, eu também não usaria, apesar de os óleos que usamos sempre contarem com uma porcentagem de óleo reprocessado — mas há fabricantes e fabricantes, e a qualidade varia muito.

Pelo meu critério, um óleo de baixa qualidade seria um óleo que não dura a quilometragem recomendada, que é consumido rápido, que perde a qualidade lubrificante mais rápido e que exige reposição mais frequente do que os outros.

Para mim esse seria um óleo de baixa qualidade, por melhores que fossem suas qualidades ao sair da embalagem, por mais propaganda que tivesse e por mais recomendado que fosse, por um simples motivo:

Não atende minhas expectativas do que eu espero de um bom óleo.

Mas critério de alta e baixa qualidade é uma coisa subjetiva, varia de acordo com cada proprietário.

O que é bom para uns pode não ser para outros.

E varia também com o critério de cada fabricante de moto — então fique esperto, porque o seu interesse é prolongar a vida do motor e o dos fabricantes é lucrar com a venda de peças, serviços e motos novas.

Não tenho nada pessoal contra a mobil. É uma empresa séria e respeitada no mercado, que fabrica bons produtos, da mesma forma que a honda, a kawasaki, a dafra.

O único problema está na forma como esses produtos são usados.

O super moto 4T lubrifica o motor como qualquer óleo, apenas exige reposição mais rápida e frequente. 

Fora isso, é um óleo lubrificante, ele cumpre seu papel perante as montadoras e por isso é determinado por grandes e pequenos fabricantes de motos.

E como sabemos, as montadoras são empresas sérias empenhadas em obter lucros e garantir a satisfação de seus acionistas e também dos consumidores.

Apenas lamentavelmente elas às vezes cometem pequenos enganos nos seus manuais que acabam levando a mal entendidos por parte dos consumidores.

E a prestação de serviços de suas concessionárias muitas vezes não interpreta corretamente as informações determinadas pelos engenheiros da fábrica.

Mas nada que uma retífica do motor ou uma moto nova não resolvam.

Ainda volto a falar da dafra Horizon 150, inclusive as questões de seu motor com "arrefecimento a ar e óleo" e do parentesco com Horizon 250 ... 

É que tem tanta coisa que não cabe em uma só postagem.

Um abraço,

Jeff

80 comentários:

  1. Transcrevo comentário do leitor Alex Lacerda no facebook:

    Jeff, possuo uma Kawasaki Vulcan S 650cc com 5000km rodados (peguei 0km e a quantidade de óleo na entrega estava ok, foi uma das primeiras coisas a verificar, graças ao seu blog) e o óleo recomendado é o Mobil Super Moto 4T Semi sintético. O manual recomenda sua troca a cada 6 mil km, o que vc acha dessa quilometragem?
    E outra dúvida, porque vc disse que esse óleo exige reposição mais rápida e frequente?
    Ela, nesses 5 mil km, consumiu em torno de 200ml de óleo (devidamente reposto).
    Abraços!

    Olá, Alex!
    Em motos com arrefecimento líquido a situação do óleo não é tão crítica como nas motos esfriadas apenas a ar porque a temperatura do motor se mantém mais baixa.
    Um motor com arrefecimento líquido atinge no máximo 110 graus (o sistema trabalha sob pressão), enquanto motos de arrefecimento a ar chegam a 150 graus, tem gente que fala em 160 graus Celsius.
    Acho 6 mil km uma quilometragem um pouco longa e com o grande inconveniente de complicar o cálculo da hora da troca. Um óleo mineral bom chega aos 3 mil em motores de arrefecimento líquido sem problemas, um semissintético deveria chegar aos 5 mil km sem perder a viscosidade. Mas tem a questão da contaminação do óleo. Os fabricantes só pensam em motor 0 km e não lembram que motores envelhecem e a taxa de contaminação aumenta com o tempo, essa é outra pegadinha.
    Aos 5 mil km eu verificaria a condição do óleo quanto à contaminação e permanência da viscosidade, além do comportamento geral de motor e câmbio. Considerando o custo de uma retífica de motor de moto de grande porte, ou mesmo pequeno porte, não vejo vantagem em economizar prolongando a vida do óleo e arriscando comprometer a vida do motor.
    Na medida em que um motor envelhece as folgas internas aumentam e o consumo de óleo aumenta. Seu consumo de 200 ml poderá chegar a 500 ml quando sua moto estiver com uns 40 mil km, então não use a média de hoje como parâmetro para o futuro, inspecione com frequência.
    O retentor de óleo do eixo do pinhão é traiçoeiro, porque um vazamento por ali se mistura com o óleo da corrente e some sem deixar vestígio pelo caminho. Você não percebe que o óleo está sumindo a menos que comece a formar uma poça no local onde você estaciona, por isso a inspeção do nível é tão importante.
    Motos de arrefecimento líquido também exigem acompanhamento da qualidade do óleo porque uma junta vazando líquido de arrefecimento para o cárter causa a deterioração rápido do óleo, danificando o motor em curto prazo.
    Descobrir o óleo leitoso pode impedir um dano mais grave.
    A reposição do mobil supermoto 4T mineral precisa ser mais frequente porque ele é um óleo com alto teor de nafta, enquanto outros óleos têm alto teor de parafina. Nafta é basicamente gasolina e ele é um óleo que evapora e é consumido mais rápido.
    Em uma viagem que eu e meu amigo Wagner fizemos de SP a Paraty, os dois com Kansas 150 aproximadamente com a mesma quilometragem, ele usando mobil e eu usando lubrax (ou yamalube, não tenho certeza), a moto dele precisou repor 300 ml de óleo antes de voltar de lá, a minha nem precisou reposição.
    Esse consumo é uma característica normal do mobil mineral, assim como do castrol mineral, dois óleos que eu experimentei e constatei — daí a necessidade de reposição mais frequente e de não usar por quilometragens prolongadas. Não sei se a versão semissintética se comporta da mesma maneira. Óleos semissintéticos não apresentam essa variação entre parafínico e naftênico, as moléculas são sintetizadas com maior padronização, teoricamente eles durariam mais por esse motivo.
    Um abraço,
    Jeff

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    1. eu percebi que nos meses em que ando pouco o óleo mal some ate quando ando 600, 700 km(pausados) eu reponho por volta de 20 ml as vezes nem coloco isso desde a época em que eu usava 10w30.

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    2. Sua moto ainda é nova, não é? Esse consumo aumentará com a quilometragem.
      Um abraço,
      Jeff

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    3. ta na casa dos 26 mas estou contando com isso faço uma tabela contendo vários dados, com datas, quilometragens, quantidade reposta inclusive margem de erro por causa do manuseio.

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  2. Jeff!

    A Honda, agora com esse novo motor 160. Fala que a troca do óleo aumento de 4 mil para 6. Fiquei pensando, a onde é instituição de ensino desses engenheiros. O órgão que vê a qualidade do ensino precisa verificar o que tá havendo. Não pode ser eles insistem no erro

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    1. Barbaridade, Louis!
      Eles extrapolam o que com muito boa vontade é aplicável para os motores de arrefecimento líquido para os motores de arrefecimento a ar que trabalham em condição muito mais exigente...
      Não penso que seja somente questão de má qualidade de ensino. Na minha opinião é muito mais uma questão de garantir o emprego amarrando o burro conforme a vontade do dono.
      A maior parte do lucro com as motos pequenas vem da venda de peças e alta rotatividade devido à curta vida útil. Motos pequenas são tratadas como itens descartáveis no primeiro mundo, e vendidas a preço de carro popular aqui no Brasil, isso gera muita grana. Eu aposto que as filiais mais lucrativas para as montadoras japonesas fora do Japão são aquelas que produzem grandes volumes de motos de pequena cilindrada em mercados com uma massa de consumidores sem conhecimento técnico, desconhecedora de seus direitos e sem poder de se defender de práticas comerciais predatórias pelas vias legais. Conhece algum país que se encaixe nessa descrição? Pois é.
      Um abraço,
      Jeff

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    2. Se loco no meu ainda ta falando pra fazer de mil em mil(2012)

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  3. E o outra coisa que você falou muito importante, foi O retentor de óleo do eixo do pinhão. Que eu tenho um amigo meu que tem uma dafra speed, disse que nunca lubrificou a corrente dele. Que a moto fazia isso sozinho.
    Dei umas boas gargalhadas da cara dele e falei pra ele verificar o vazamento na corrente que não é normal e óleo da moto que mostra no visor, ele olhou pra mim e disse que já tinha trocado que não precisava verificar o óleo.
    Tentei mostrar no visor que estava baixo mais não adiantou de falando que era assim rsrs

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    1. Hahaha...
      O pessoal dá risada do que a gente fala até descobrir o tamanho da conta da oficina...
      Tinha um cara no fórum da dafra que se recusou a ver minha demonstração de como medir o óleo em um passeio em que nos encontramos em Ilha Bela.
      Disse no facebook que quem falava que precisava colocar mais óleo (eu) só tinha interesse em difamar a dafra.
      Ele se gabava de nunca ter colocado mais do que 1 litro de óleo e a moto dele estar com 30 mil km.
      Aos 35 mil km o motor dele quebrou válvula, estourou pistão, entortou biela e riscou o cilindro, praticamente o valor da moto para consertar o motor.
      Disseram para ele que ia ter de trocar até a corrente de comando que a Kansas não usa e ele acreditou.
      Minha moto beirando os 100 mil km manda lembranças toda vez que comento essa história.
      Um abraço,
      Jeff

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    2. Acho que todos nos já trombamos de imediado com esses indivíduos, hoje eu já nem gasto saliva(nem faz tanto tempo que aprendi) e de quebra ainda utilizo esse conhecimento pra saber quem é que manja inclusive em mecanicos

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  4. A moto é linda mesmo... antes fosse o cara andar com o cambio duro o foda é ele estar a 120 e a moto dar aquela patinada rs o coracao sai na boca. Faz tempo que não vejo alguém usar "estoria", adorei a parte que você fala sobre óleo de boa qualidade vou ate memorizar pra quando estiver discutindo com os outros kkkk acrescentando sobre o óleo mobil quando eu o utilizava, na troca de óleo ele saia preto mais muito preto mesmo e eu sempre estranhei porque ele entrava verdinho transparente perguntava ao mecânico e ele falava "se ta preto é porque ele ta fazendo o trabalho dele" nunca me desceu e todos os outros óleos que utilizei eles saem marrom ate quando fazia a besteira de andar 1200 com o oleo

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    1. Pois é, adquirir experiência é fortalecer a viga mestra da nossa vida.
      Quando levei minha moto para fazer a revisão dos 6 mil km o pessoal da concessionária ficou admirado de ver que o cabeçote não estava carbonizado. Pois é, eu não usava nem o óleo recomendado nem a quantidade recomendada pelo fabricante...
      Quando eu estava na faculdade tentaram me convencer que estória é uma palavra que não se usa mais porque tudo é história, mesmo aquelas do Lobo Mau. Filosofice.
      Sempre continuarei a usar estória para as coisas que não têm relação com a realidade e história para aquelas críveis. Pelo menos até me provarem que não passam de estórias.
      Um abraço,
      Jeff

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    2. me lembro de você já me contar essa "historia" uma vez, já sobre estoria sempre usei e todo sempre me crucificam dizem que é ficou no passado, que eu estou querendo me mostrar ou fazer bonito isso ate com profissionais do ramo assim como você, mas sei la eu gosto de diferenciar fica mais fácil separar as situações mais detalhado para aqueles que vão ler

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    3. Ficou no passado?
      Esquecer o passado é caminho livre para a humanidade repetir os mesmos velhos erros. Essa "polêmica" de dizer que estória e história se equivalem introduz uma ambiguidade que essencialmente é ideológica, permitindo a manipulação de discursos. Sou contra o policiamento das palavras e ideias.
      Um abraço,
      Jeff

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    4. mudando de assunto... viu a publicação la no old dog cicles sobre motoqueiro e motociclista? você ainda não esta conseguindo ver as mensagens no facebook?

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    5. Eu vejo mensagens nas páginas que coincide de eu abrir. Não recebo avisos de comentários feitos no facebook. E não consigo responder, então copio e colo como comentário normal, mas não sei se quem comentou fica sabendo...
      Por coincidência fazia um bom tempo que não ia no ODC, passei por lá hoje à tarde e me atualizei. Esse negócio de motoqueiro e motociclista é bem o que o cara falou, no meu tempo eu era motoqueiro e não havia problema nenhum nisso.
      Aí começaram a fazer essa distinção baseada em estereótipos e optei por usar preferencialmente motociclista no blog porque a percepção atual da palavra motoqueiro hoje é pejorativa, e tento deixar claro que segurança se aplica a todos.
      Mas antigamente não havia essa distinção de uso e assim como tive a Edith, e tenho até hoje a Jezebel, minha primeira moto era simplesmente a Motoca.
      Um abraço,
      Jeff

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    6. mas se eu comentar algo la na pagina do blog tanto nos comentários de um link compartilhado como nas mensagens conhecido como "inbox" você consegue ver normal e responder? eu achei legal a postagem e vou começar a usar o termo "cachorro louco" e vida longa aos motoqueiros!

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    7. Depois que eu ativei a moderação para evitar que fizessem propagandas, tenho melhor controle sobre a chegada de comentários porque sou avisado via email.
      O que seriam comentários em links compartilhados? Por exemplo, se você fizer um comentário no ODC? Aí não fico sabendo.
      É raríssimo chegar algum comentário via inbox diretamente no meu email, e aí não sei se pouca gente usa a ferramenta ou se estão usando e eu não fico sabendo.
      Pior que tem gente que se orgulha de ser taxado de cachorro louco... vejo vídeos no youtube que me dão tristeza, hoje no YT, amanhã na UTI.
      Um abraço,
      Jeff

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    8. Agora mesmo encontrei um comentário seu a respeito da mensagem do Louis que não chegou para mim no email, encontrei por acaso na caixa de comentários pendentes... essa ferramenta do blogspot tem sérios problemas.
      Um abraço,
      Jeff

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    9. Digo se eu comentar algo la no facebook é possvel voce ver/ responder tanto nos links conpartilhos como nas mensagens? Porque as vezes quero compartilhar algo que nao condiz com o tema.

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    10. Não fico sabendo o que rola no facebook. Quando o blog foi estruturado pelo Vinícius, ele criou uma conta para o blog e outra para mim poder administrar os contatos por lá.
      Entrei um dia e no seguinte fui banido por 30 dias, meu único comentário foi sobre um vídeo que vi da gopro. Passados os 30 dias descobri que havia sido banido definitivamente sem direito a argumentação nem defesa. Mandei o zucka praquele lugar e nunca mais voltei lá porque não quero o MPM banido, muita gente toma conhecimento via FB.
      Um abraço,
      Jeff

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    11. entendi... é difícil mesmo tem uns grupos la que se unem só pra banir paginas(do facebook mesmo) entao vamos nos comunicando por aqui mesmo e se eu fosse você faria sei la um site backup nunca se sabe rs
      abrcs

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    12. Valeu pela dica!
      Abraço,
      Jeff

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  5. Jeff, dá um voto de confiança para a dafra...

    Brincadeiras a parte, alguem tem de trocar o óleo da horizon 150 ligar esperar verificar e completar se necessário, e nos falar a quantidade para ver se esta muito longe dos 1 litro (ex: 1,5 litro).
    Digo isso, pois no manual da 250 é exatamente igual com exceção que ela pede para ligar, desligar e esperar um tempo prolongado (parece piada) a cada medição, eles recomendam colocar 1200ml e 1250ml com a troca do filtro, o máximo que se consegue colocar é 1400ml acima disso ela tem uma válvula de pressão que vai liberando o óleo até chegar ao nível correto, da primeira vez que ocorreu até comprei outro retentor achando que tinha estourado, mas não, foi o excesso de óleo que depois que chega ao nível para de vazar.
    Mas volto a dizer muito mais importante que a duração da troca é a verificação do nível, em um exemplo hipotético um mineral poderia durar 5000km em uma moto que utiliza 1000ml e pedisse reposição de uns 200ml a cada mil km, você teria colocado simplesmente 2 litros de óleo (um na troca e um de reposição), a grande questão é onde fica a sujeira que vai surgindo (não acreditem que o filtro segura) o óleo fica extremamente contaminado, um óleo mineral bom segura, mas chega a ser mais caro do que muitos semi por ai (e praticamente qualquer semi segura mais que o melhor mineral). muito me estranha algumas montadoras ainda estarem recomendo óleo mineral nessa época ecofriend, se substituísse a recomendação do mineral para semi até acreditaria no intervalo de 3000, mas mineral em motos com refrigeração a ar (aliás é até possivel ex: cb300 (cabeçote foi falha de projeto), fazer250 e mirage 250) mas elas tinham radiador de óleo, não é o caso da Horizon 150.

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    1. Olá, Ygor!
      Meu voto de confiança para esse pessoal foi quando eu comprei a minha, no fórum descobrimos o erro absurdo do manual, comunicamos o SAC e o pessoal fez de conta que não era com eles...
      Eu sempre critico o óleo semissintético da honda, as quilometragens que julgo excessivas, o fato de não levarem em conta a degradação do óleo que aumenta nas motos de maior quilometragem — coincidentemente quando o motor já não está mais em garantia, né?
      Quem lê pode até pensar que sou inimigo do óleo semissintético, o que não é verdade.
      Sou inimigo de usarem o óleo semissintético como desculpa para reduzir a viscosidade adequada em função da temperatura ambiente da região de utilização, prática que era condenada pelos engenheiros da honda no fim dos anos 90 e começo dos anos 2000, e de uma hora para outra passou a ser recomendada...
      E aí motos que não davam problema passaram a dar. A culpa não é do semissintético, mas da viscosidade incorreta para assegurar uma longa vida útil do motor.
      Você disse muito bem, o filtro só retém as partículas maiores que os furos do elemento filtrante, o que for menor continuará circulando junto com o óleo toda essa quilometragem prolongada que os fabricantes adoram recomendar.
      Cabeçote da CB 300 é frágil, mas tenho a convicção de que não seria problemático se os motores sempre rodassem com a quantidade correta de 1,8 litro a cada troca e o nível de óleo fosse mantido corretamente pelos proprietários se o procedimento de medição não fosse essa armadilha para incautos. Quem está "resolvendo" o problema das trincas destaxando o cabeçote está tratando o sintoma e não a causa.
      Um abraço,
      Jeff

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  6. Excelente postagem, uma melhor que a outra, sou fã desse cara.

    Forte abraço

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  7. E Deus (ou o que vc acreditar) tá vendo viu dona Yamaha, recomendando troca a cada 5.000km do 20w50 Mineral! Ao menos no manual pedem a inspeção a cada 500km.

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    1. Olá, Robson!
      Concordo contigo, 500 km é uma quilometragem adequada para a inspeção.
      E 300 km durante viagens com serras pelo caminho.
      Um abraço,
      Jeff

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    2. Deve ser o da Fazer 250, que recomenda troca a cada 5.000km ou metade disso em uso severo (sempre troco com 2 mil km ou até menos quando percebo que o câmbio começou a ficar diferente). Apesar que, vi num fórum aí um cara que viaja muito, troca o óleo da Fazer a cada 5.000 e a moto já tá com mais de 150 mil km sem abrir o motor, mas como eu disse, ele roda muito em rodovia e aí o uso já é bem menos severo do que o anda-e-para da cidade. Essas motos deveriam vir com uma ventoinha que arma a partir de determinada temperatura, com certeza daria uma melhor vida útil aos motores mas não é intere$$ante para as montadoras.

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    3. Pode apostar nisso, o custo não seria interessante para elas, mas tamém vejo uma desvantagem para os usuários. Radiador de óleo com ventoinha seria adequado para as motos urbanas no Brasil, mas é uma complicação e uma nova fonte de manutenção com o agravante de puxar uma carga elevada da bateria justamente quando a moto está em baixa velocidade em um congestionamento, portanto com a rpm do alternador baixa fornecendo pouca carga. Isso aumentaria muito as falhas de partida pela manhã, o que seria crítico nas motos injetadas atuais.
      Já a viagem em estrada é a melhor condição para o motor. Carga uniforme, rpm estável, boa ventilação, atingir a quilometragem de troca em prazo menor antes que se oxide e degrade excessivamente, todos esses fatores prolongam a vida do óleo e do motor.
      Um abraço,
      Jeff

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    4. Fazer 150/250, Factor 150, Crosser, Teneré. Todas estão com 5.000km de intervalo. Eu particularmente optei por trocar a cada 2.500, meu trajeto diário é de 35KM somente em cidade, e estou verificando o óleo todo final de semana (o que dá a cada 150KM mais ou menos). Estou bem pé atrás em trocar em 2.500km, mas estou acompanhando o comportamento da moto e por enquanto parece tudo ok, como ela ainda é bem nova não baixa muito óleo.

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    5. Com essa desculpa do óleo semissintético mágico, logo estarão recomendando a troca a cada 10 mil km. Aliás, a bmw já faz isso...
      Daqui a pouco vão querer convencer todo mundo de que moto é descartável.
      Nem vai precisar trocar óleo, olha só quanta economia e ecofriendness, ói que chique...
      Um abraço,
      Jeff

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    6. Comigo tbm é assim robson antes eu deixava passar só 200 km do recomendado e tudo desandava achei 2.500 um ótimo numero pra mineral

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    7. Mineral ou semissintético?
      Essa quilometragem de 5.000 km não é para o Yamalube 10W-40 semissintético?
      Um abraço,
      Jeff

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    8. acho que é mineral 20w50 porque ele estava comentando que a yamaha estava recomendando para 5 mil km a troca

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    9. Vamos esperar ele tirar essa dúvida, mas até onde eu sei a yamaha nunca extrapolou a quilometragem de óleos minerais dessa maneira. Se realmente tiver feito isso, será tão grave quanto passar a usar óleo 10W-30. Já não concordo nem com o 10W-40 semissintético para motos a ar...
      Um abraço,
      Jeff

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    10. O óleo é o 20W50 API SL JASO MA T903. Ele é mineral mesmo, e ainda corrigindo a informação de ontem. O manual diz, verificar o nível a cada 1000KM e troca a cada 5.000 ou 6 meses.

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    11. Minneral???
      É compreensível... as yamaha estavam ganhando fama e mercado por causa da maior durabilidade do motor...
      Até estranhei voltar para Santo André depois de 3 anos e ver tantas yamaha disputando espaço com honda nos semáforos.
      Se as vendas de motos começam a subir mais do que a estrutura fabril montada consegue atender, aí precisa investir, isso leva tempo e o retorno demoooora...
      Ampliar instalações, investir em maquinário, contratar mais funcionários, fabricar a moto inteira, testar, montar, atender clientes, fazer propaganda... tudo isso dá bem mais trabalho do que despachar peças pelo correio e entregar na mão das oficinas e concessionárias. Se demora demais para vender peças, demora demais para vender novas motos e novas peças, a lucratividade proporcional ao parque instalado diminui.
      Fabricar motos boas demais não é financeiramente atrativo.
      Claro, eu sempre posso estar enganado e a humanidade é melhor do que isso, eu que me tornei cínico e rabugento.
      Um abraço,
      Jefff

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    12. realmente é cada um por si nesse mundão em tudo... fico chateado porque gosto de confiar e quando me deparo com mais e mais ignorância eu fico me perguntando se realmente vale a pena ser honesto nesse mundo. Hoje gracas ao blog me sinto como se tivesse amadurecido não só em conhecimento mas em geral na vida... só não mudo porque tenho muita fé em Deus e é com ele que devemos nos importar com essa "prestação de contas" na verdade é com Jesus porque como minha sogra diz "Deus é o leão e Jesus o cordeiro, leão não perdoa com ele o negocio é mais embaixo".
      abrcs

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    13. "Bem aventurados os que têm fome e sede de Justiça".
      Ele disse muitas coisas que deveriam ser melhor conhecidas. Infelizmente o pessoal sai matando em nome de quem disse "amai e perdoai até mesmo ao teu inimigo".
      É complicado.
      "São crianças, não sabem o que fazem".
      Um abraço,
      Jeff

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  8. Vou acrescentar mais uma... A verdade liberta.

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  9. Boa tarde, tenho uma horizon 150, minha dúvida é: quando eu for trocar o óleo, coloco na marca superior, depois ligo por 5 min e verifico o nível e completo para ficar na marca superior?
    Se sim, quando a moto desligar por um período longo, o nível do óleo não ultrapassará o limite superior?

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    1. Olá, André!
      É assim que é feito em todas as motos. Ao colocar a quantidade recomendada o nível atinge a marca superior, mas essa não é a condição de funcionamento porque a bomba e o filtro estão vazios. Ligando o motor eles são preenchidos e é assim que o motor trabalha. O nível somente aparecerá acima da marca superior se você não fizer o procedimento de ligar o motor, mas essa não é a condição que o nível deve ser medido, apenas a que a dafra coloca de maneira truncada em seu manual.
      Eles usaram a mesma estratégia de tentar tapar o sol com a peneira com a Kansas, dá uma conferida na postagem
      http://minhaprimeiramoto.blogspot.com.br/2015/12/a-dafra-e-fraude-dos-manuais-da-speed-e.html
      Um abraço,
      Jeff

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    2. eu tenho uma duvida parecida, por exemplo em alguma viagem como saber o quanto de óleo foi consumido e quanto precisa ser reposto se o óleo esta quente e o procedimento precisa ser feito pela manha de 3 a 5 min blablabla?

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    3. Olá, Felipe!
      Medir o óleo durante uma viagem é mais complicado, por isso é tão importante sair de casa com o nível completo na marca superior da vareta / visor.
      Em uma moto de pequena cilindrada você só consegue rodar 500 km por dia. 750 km foi o máximo que eu consegui, mas estava à base de analgésicos e quase morri por causa disso.
      Em jornadas de 500-600 km a faixa de segurança da vareta te garante a lubrificação sem que o óleo fique abaixo do nível mínimo. Aí você e a moto pernoitam e tem condição de fazer a medição nas condições corretas logo pela manhã.
      Uma coisa que nunca lembrei de fazer foi medir o nível com o motor totalmente quente após uma troca para determinar o nível a quente na vareta. Ele estará poucos milímetros acima da marca de nível máximo.
      Por essa regra, se você mantiver o nível de óleo medido a quente sempre perto da marca de máximo, mesmo que pouca coisa abaixo da marca superior, seu motor estará trabalhando em boas condições.
      Basicamente você precisa conhecer e sentir o comportamento da moto. Uma moto com pouco óleo rodará muito bem porque o nível baixo roubará menos potência do motor, é o que os pilotos de competição fazem, rodam com o óleo de baixa viscosidade no nível mínimo possível e é por isso que volta e meia você vê motores de motos e carros explodindo no final das corridas.
      O motor estará mais barulhento do que costuma ser e você notará o câmbio duro nas paradas obrigatórias para descanso a cada 100-150 km. Quando fazia a ponte SC-SP eu costumava repor 100 a 150 ml a cada 300 km porque sabia que o consumo era esse. Mas dá para viajar o dobro disso sem repor o óleo, a menos que seu motor esteja consumindo muito óleo ou ele seja do tipo que desaparece do cárter por ser muito fino ou tiver tendência a evaporar mais rápido.
      Um abraço,
      Jeff

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    4. Boa tarde, duas outras perguntas, qual a chave usada para o parafuso do reservatório de óleo e com relação ao filtro de óleo, aonde fica como troca?

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    5. Olá, Andre!
      Não tenho a informação da medida, mas não é difícil de descobrir. O filtro de óleo da Horizon não é de cartucho, não é substituível. Assim como as Titan e Kansas ela usa um filtro centrífugo interno no motor que nunca fica obstruído. Sua limpeza envolve abrir a tampa lateral direita e desmontar o conjunto, algo para ser feito em oficinas. Como ele tem grande capacidade, pode ser feito em intervalos mais prolongados do que seria com um filtro de cartucho.
      Não sei se ela utiliza aquele outro filtro de tela mais grosseira que normalmente é removido na troca de óleo dessas outras motos. Melhor se informar com proprietários de uma moto desse modelo.
      Um abraço,
      Jeff

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    6. vlw Jeff sempre achei que se eu abrisse a tampa de óleo com ele quente sei la ia explodir e me queimar rs
      Andre só para informar a honda manda limpar a cada 12 mil km a tela e o filtro centrifugo de óleo

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  10. Jeff valeu pela dica. Estou quase comprando uma Horizon 150, então foi muito bom saber como fazê-la trabalhar corretamente. Porque você não faz uma tabela com dicas para cada modelo. Um quadro simplificado de como tratar os respectivos motores. Um abraço. Já vou ficar de olho no blog, Sou 0 km de experiência e com certeza vou tirar dúvidas aqui.

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    1. Olá, Daniel!
      Estou preparando uma tabela abrangente, a dificuldade é que são muitas informações de vários modelos, e não quero publicar nenhum erro.
      Mas uma postagem desse tipo está nos meus planos sim!
      Um abraço,
      Jeff

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  11. Buenas Jeff!
    posso substituir direto esse óleo mineral recomendado pela dafra por um sintético? qual?

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    1. Olá, Xicrão!
      Caso pretenda migrar de um tipo de óleo para outro, faça o motor funcionar com o novo óleo para lavar o cárter, drene e coloque óleo novo.
      Você perderá 1 ou 1,4 litro de óleo, mas em compensação seu motor (e seu bolso) não sofrerão as consequências.
      Mais detalhes na postagem:
      http://minhaprimeiramoto.blogspot.com.br/2013/08/qual-o-melhor-oleo-mineral-ou-sintetico.html
      Um abraço,
      Jeff

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  12. Jeff boa noite. Se puder, faça uma postagem/avaliação sobre a Horizon 150. Caso já tenha, mande o link por favor. Abraços e continue com o excelente trabalho.

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    1. Olá, Daniel!
      Fazer uma avaliação eu não tenho como fazer, nunca pilotei, mas tenho outras três postagens falando sobre ela.

      A primeira fala sobre a origem dela na China e não na Coréia do Sul:

      http://minhaprimeiramoto.blogspot.com.br/2016/10/a-dafra-e-seu-marketing-criativo-pelos.html

      Esta é legal porque um proprietário descobriu a quantidade certa de óleo para ela (dica: não é 1 litro...):

      http://minhaprimeiramoto.blogspot.com.br/2016/10/o-video-da-polemica-do-1-litro-de-oleo.html

      E a terceira fala mais sobre a Horizon 250, mas também tem outras particularidades sobre a 150:

      http://minhaprimeiramoto.blogspot.com.br/2016/10/o-longo-historico-de-mentiras-da-dafra.html

      Um abraço, e obrigado por acompanhar o blog,
      Jeff

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  13. Jeff boa noite. Se puder, faça uma postagem/avaliação sobre a Horizon 150. Caso já tenha, mande o link por favor. Abraços e continue com o excelente trabalho.

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  14. Fala Jeff. Vc disse que o óleo mineral 4T 20W-50 não serve para ser usado de acordo com a orientação da Montadora. Trocar para óleo sintético ou semi-sintético seria o ideal, visando um uso, onde, o motor poderia rodar com mais km numa mesma troca, ou não é viável? Se for, qual óleo vc indicaria, ou é bom trocar o óleo indiferente de km para troca? Estou para comprar minha HZ 150, e sei que ela vai vir com a quantidade de óleo errada, e a primeira coisa que quero corrigir é isso. Abraços e continue com o excelente trabalho.

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    1. Olá, Daniel! Obrigado!
      Não é bem isso o que eu disse. Não é o óleo mineral tipo 4T (4 tempos) 20W-50 que não recomendo.
      Eu é que não gosto especificamente do óleo mineral da marca mobil Supermoto 4T 20W-50. O nome do óleo da mobil parece um nome genérico, daí a confusão.
      O óleo semissintético resiste melhor à oxidação e às altas temperaturas, mas não recomendo as altas quilometragens que os fabricantes adoram recomendar por um motivo simples: as partículas do desgaste normal do motor que o óleo retira dos mancais permanecem circulando lá dentro por muito tempo se a quilometragem for prolongada. Dê uma lida na postagem:
      http://minhaprimeiramoto.blogspot.com.br/2016/11/as-mentiras-da-troca-do-oleo-somente.html
      Lá tem um vídeo e algumas fotos que mostram o que acontece com um óleo que rodou 3 mil km, dá vontade de chorar imaginando aquilo dentro do motor.
      Considerando o custo do óleo mineral trocado a cada 1000 km e do semissintético trocado a cada 1500 km (eu não passaria disso, no máximo 2 mil km se o óleo estivesse muito limpo), não vejo benefício de custo na adoção do semissintético. Não se esqueça que a mistura de tipos pode ser problemática, nenhum fabricante recomenda misturar mineral com sintético ou semissintético. Na aba lateral da página do blog você encontra nos Temas o item Óleo que traz uma série de postagens sobre esse assunto.
      Um abraço e felicidades com sua futura moto,
      Jeff

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    2. E não deixe de ler a postagem:
      http://minhaprimeiramoto.blogspot.com.br/2016/10/o-video-da-polemica-do-1-litro-de-oleo.html
      O autor fala 1,4 litro, mas acredito que a Horizon 150 use 1,3 litro. O certo é fazer o procedimento e chegar à conclusão por você mesmo.
      Você somente pode se basear em quantidades quando tem certeza do que foi colocado lá dentro.
      Colocar mais 300 ml na confiança de que a concessionária colocou 1 litro é confiar em quem talvez não mereça tal crédito.
      Se por um acaso a cc só abasteceu com 700 ml de óleo, colocar mais 300 ml não resolverá o problema. Fazer a medição e colocar o necessário fazendo o procedimento correto é a melhor coisa para não ter dúvidas.
      Um abraço,
      Jeff
      Um abraço,
      Jeff

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    3. Valeu Jeff. Amanhã vou na concessionária e na Quarta 23.11.16 vou pegar HZ 150. Vou seguir as orientações. Obrigado pelas dicas. Abraços.

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  15. Jeff penso em adquirir uma moticleta estou na duvida de comprar uma Ténéré ou esperar a versys 300 da kawasaki,xre 300 nem a pau não confio naquele motor da honda o que me diz ? obs achei essa horizon linda mas dafra e foda de ter.

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    1. Olá, Lucas! Não tenho muito que dizer não, acho que você deve comprar a moto que te deixar emocionado, aquela que você terá prazer de olhar na garagem todos os dias. Todas são boas máquinas, e a qualidade da assistência técnica varia muito de região para região e de concessionária para concessionária.
      Na minha opinião a única coisa que estraga as honda é a adoção infeliz desse óleo inadequado somada a uma prática de informar uma quantidade insuficiente de óleo. Essa última é comum a todas. E apesar de a dafra ser a dafra, tem uma vantagem: são menos visadas para roubo. Só não sei se isso compensa o restante.
      Um abraço, e felicidades com a nova moto, sela ela qual for,
      Jeff

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    2. Ola Lucas se me permite vou dar a minha opniao sobre o assunto. Acredito que nenhum veiculo seja 100% confiavel, de acordo com a minha experiencia tudo tem um problema, erro ou algo chato. Por exemplo a tenere esta tendo que passar por recall, é um modelo tecnicamente "novo" assim como a versys 300 e a horizon e com certeza os novos usuarios sao os bonecos de testes. Todas tem o seu "jeitinho" ate a dafra, afinal, os antigos usuarios tiveram que dar seus pulos atras das peças. Sobre a xre(ate a famosa cb) conheco muito usuario com as velhas e ate com as novas que se ferraram, mas tambem conheco motoqueiro serio que cuida bem da motoca(do jeito certo) e nao passa ou nem passou nenhum perrengue. Concluindo: estamos em um mundo onde vender esta no topo da lista e o maior interessado em segurança e economia de dinheiro é voce mesmo. Claro que em conparacao voce pode gastar ou ter alguma dificuldade mais com umas do que com as outras.
      Ate me lembrou um amigo que tem uma suzuki toda velha, sempre que lhe perguntam o pq de ter escolhido aquele modelo e porque de ainda estar com a motoca toda velha ele responde "eu amo a minha motoca velha", entao Lucas se bater aquele sentimento e as condiçoes forem boas vai fundo cara e seja feliz!
      Espero ter ajudado.
      Abrcs

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    3. valeu pessoal levando em consideração meu gosto pessoal vou de yamaha então !

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  16. o blog e excelente achei muitos assuntos relevantes aqui !

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    1. Obrigado, Lucas!
      Ficamos felizes!
      Um abraço,
      Jeff

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    2. Que bom Lucas, se eu for trocar a minha motoca tambem optaria por esse modelo... fora esse eu iria de uma scrambler ou a xtz660 mas a condicao financeira nao me autoriza rs
      Eu acho a xtz linda mas 660 é muito, se houvesse um intermediario mais bonito(acho a lander muito feia) tipo 300 ou ate mesmo 400 no estilo da 660 e com um preço bacana eu com certeza compraria.

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  17. Jeff, arruma na sua postagem aí, o motor da horizon 150 é fabricado usando os projetos e patentes que a honda liberou na china da titan 150 2004/2008, o motor é 95% igual, só muda o desenho da carcaça do cabeçote que usa uma junta proprietaria da zongsehn, o resto é de acordo com os blueprints da honda.

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    1. Olá, Mário.

      Reli a postagem e esse assunto não foi abordado na postagem, não tem o que arrumar...
      Um abraço,
      Jeff

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  18. Oi Jeff. Estou lendo pela primeira vez e se poder me responder por aqui ou email por favor agradeço desde já. Me chamo Thyago, mibha dúvida é apenas uma eu uso 1lt e mais 200ml de óleo mt20w50. E só volto a trocar depois que completa os 1000km rodados certinho, por mais 1lt e 200ml. Sem confirir em nem um intervalo. Apenas de 1000 em 1000. Trocando por 1lt200ml. Existe erro nisso?
    Obrigado.
    Meu email: thyagomsc7@hotmail.com

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    1. Olá, Thiago!
      É normal o motor consumir óleo. No início esse consumo é grande, mas a troca é feita nas concessionárias, o dono não fica sabendo que saiu pouco óleo do motor.
      Depois de algum tempo o consumo se estabiliza e motos novas quase não consomem óleo nesses 1.000 km.
      Mas vai chegar um momento em que esse consumo aumentará devido ao desgaste natural do motor, e pode chegar até a 300 ml por 1.000 km, mais do que isso a fumaça começa a ficar evidente.
      E se você fizer uma viagem que implique em subir uma serra, o consumo será mais elevado. Velocidades de estrada também consomem mais óleo que trânsito urbano prolongado. Jornadas curtas (10 km) também consomem mais óleo porque o motor só trabalha com as folgas corretas depois de bem aquecido.
      Além disso, com o passar do tempo o óleo perde parte da capacidade lubrificante, e a complementação adiciona sangue novo para o motor continuar bem lubrificado.
      Um vazamento pode surgir de um dia para outro e não ser percebido se não formar uma poça, e é isso que acontece quando o retentor de óleo do pinhão começa a vazar: o óleo vai para a corrente e se espalha somente com a moto em movimento.
      O correto é conferir o nível todo dia, mas duas vezes por semana costuma ser suficiente. Minha moto com motor bem rodado pede complementação toda semana, e estou rodando pouco, mas em trajetos curtos. Se não complementasse toda semana, certamente o motor trabalharia no sacrifício a partir de uns 600 ou 700 km.
      Um abraço,
      Jeff

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  19. Jeff acho que minha postagem não subiu, vou escrever novamente.
    Olá eu tenha uma dúvida e gostaria que me ajudasse com isso. Acredito mais que seja apenas um esclarecimento.
    Jeff eu troco o óleo de 1000 em 1000kms. Por 1lt200ml nem mais e nem menos. Existe algum erro de minha parte? Estou quase nos 6000kms e até agora nada sério. Mais é sempre bom, nós, nos prevenirmos. Aguardo uma resposta sua e obrigado.

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    1. Olá novamente, Thyago!
      Por causa de uns "espertinhos" que tentam usar o blog para fazer propaganda, fui obrigado a adotar a moderação prévia de comentários, e nem sempre estou pilotando os teclados.
      Na hora em que você postou, eu estava tirando um gato do telhado. Sério, verdade. Caí da escada duas vezes e estou escrevendo enquanto espero os analgésicos fazerem efeito...
      Um abraço,
      Jeff

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