domingo, 18 de setembro de 2016

Comprando uma treta sobre o óleo e a Sete Galo do Mario

O leitor Jeferson Sato, a quem agradeço imensamente, indicou este vídeo que me deixou muito triste...

Triste porque eu enviei um texto para o canal do Mário da Sete Galo falando sobre o óleo da moto que ele explodiu o motor e que ele nunca respondeu.

Em compensação ele publicou este vídeo, e como tem coisas que não dá para deixar quieto, farei como o Jack Tequila.

Vamos por doses:

O professor Ivo da Fênix, também chamado de Mestre dos Magos, entende muito mesmo de motor e de motos.

O que ele fala a partir de 02:50 sobre o motor estourado neste outro vídeo deveria ser de conhecimento obrigatório para todos os proprietários:

Esses títulos de Mago e Professor são o reconhecimento de sua capacidade como um excelente mecânico.

Não possuo um décimo da vivência dele lidando diretamente com motos.

Mas não posso deixar de comentar o vídeo para esclarecer alguns enganos comuns muito divulgados, que infelizmente fazem parte desse nosso mundo das duas e quatro rodas.

Farei isso com base na minha experiência de vida, proprietário de motos e aprendizado profissional como técnico em Mecânica Industrial. Com apoio das ferramentas de pesquisa do google.

Pra começo de conversa, a Sete Galo usar óleo 20W-50 não é uma coisa de 30 anos atrás (1986).

A Honda CB 750 foi lançada no Japão em 1969.

Ela chegou ao Brasil, importada, já em 1973 — seu lançamento foi feito de maneira inesquecível na novela Cavalo de Aço.

Imagem e reportagem: http://istoe.com.br/65762_GALO+DE+OURO/ 

Foi uma jogada de marketing genial da Honda, mas a gente nem sabia o que era isso, só babava na moto. E na Betty Faria.

Nas conversas dos jovens sonhadores apaixonados por motos, e eu babava era um deles em 1977, essa moto já era chamada de Sete Galo.

A moçada de então comentava as notícias de rachas entre ela e a Yamaha RD 350 (Viúva Negra) e as Suzuki GT 380 e GT 750, todas com motores 2 tempos. Perdia todas.

Os jovens de hoje não têm essa informação e criaram uma página na wikipedia brasileira chamando de Sete Galo apenas à versão CBX 750F lançada no Japão em 1979.
Imagem: Wikipedia

Nessa época os militares haviam proibido a importação de motos, então a CBX 750F só começou a ser comercializada "nacionalizada" pela Honda em 1986.

A diferença fundamental entre as duas versões, além da carenagem, era o motor com comando por corrente no cabeçote. 

E a velocidade, agora ela chegava aos 200 km/h. 

Apesar dessas diferenças, a CB 750 e a CBX 750 são da mesma família, da mesma forma que a Fan varetada e a Titan com comando no cabeçote são variações da CG. Nota: Corrigido o link.

Seu motor não usava tuchos hidráulicos até 1991.

Agora que você já conhece a história de todas as gerações das Sete Galo, vamos falar do óleo que ela usava.

A Honda nunca recomendou óleo 10W-30 para as CB 750 nem aqui nem no Japão nem em qualquer lugar do mundo, explicarei o porquê mais à frente.

Dizer que há 30 anos atrás (1986) só existia óleo 20W-50 é uma coisa muito, muito infundada.

Desde que a classificação SAE foi criada, no começo do século passado, sempre existiram óleos para motores monoviscosos SAE 10, 20, 30, 40, 50 e até 60.

Um óleo multiviscoso nada mais é do que um desses óleos que recebeu aditivos para suportar temperaturas mais baixas sem "engrossar" por causa do frio — algo nada excepcional.

Óleos multiviscosos existem pelo menos desde 1953.

Quem lançou na Europa foi uma empresa que viria a ser conhecida por Motul. 

É, a Motul do nosso conhecido óleo mineral 20W-50.

Em 1967 a viscosidade 10W-40 já era vendida nos EUA, como você vê no anúncio aí do lado.

A decisão da Honda — na época ainda era com H — não foi porque "há 30 anos atrás o óleo que o Brasil tinha era o 20W-50, não tinha nenhum outro".

Óleo 20W-50 era até mais difícil de encontrar, falo por experiência própria.

Nos anos 70 a atlantic ainda não era ipiranga, e junto com esso, texaco e shell eram as maiores redes de postos de gasolina no Brasil. A rede de postos BR ainda engatinhava e Motul era uma raridade. É até hoje.

Havia óleos multiviscosos de todos os tipos no Brasil pelo menos desde meados dos anos 70, e em 1979 todo mundo tinha a opção de escolher entre óleos 10W-40 e 20W-50 para colocar na moto. 

Naquela época ainda não havia a categoria de óleo especial para motos, usava-se o mesmo que os carros.

Se a Honda quisesse, qualquer uma das versões da CB 750 poderia usar o óleo multiviscoso 10W-30, que já existia há muito tempo... Mas ninguém era louco de recomendar óleo 10W-30 para uma moto esfriada a ar que nem o fusquinha — fusquinha tinha ventoinha.

Se a Honda quisesse, poderia usar até o óleo 10W-40 da própria mobil... opção não faltava.

Mas a decisão de usar óleo mineral SAE 20W-50 foi uma decisão de Engenharia baseada em fundamentos técnicos. Bons tempos aqueles.

Sobre esses critérios técnicos, estou fazendo outra postagem, senão esta aqui vai acabar ficando muito longa. Bem mais do que já está. 

Isso não quer dizer que os critérios comerciais tenham ficado de fora — inicialmente o exclusivo mobil supermoto 4T era vendido apenas em concessionárias Honda e por isso era mais caro...

O mobil supermoto 4T foi um dos primeiros óleos "específicos para motos com motores quatro tempos".

Mas ele era propagandeado como ideal para motos também porque sua viscosidade 20W-50 protegia melhor o câmbio — engrenagens precisam de óleo mais viscoso para aguentar o tranco...

A prova é que nunca existiu um mobil supermoto 4T mineral 10W-40. Hoje existe o semissintético, coisa recente. Tempos modernos.

Pra meio de conversa, a Honda nunca em momento algum recomendou óleo 10W-30 para motos vendidas no varejo em lugar nenhum do mundo até 2009.

Viscosidade baixa era coisa só para motos de competição, onde a menor das preocupações é a vida útil do motor.

O sr. Soichiro Honda sabia que colocar à venda motos para consumidores comuns usando um óleo fino como o 10W-30 iria resultar em milhares de clientes insatisfeitos e falando mal da empresa dele... infelizmente ele morreu em 1991.

Assim como outros fabricantes no mundo, a honda adotou o óleo semissintético 10W-30 a fim de atingir as novas metas de consumo de combustível e emissão de poluentes, e não por outro motivo.

Não foi porque a engenharia e projeto dos motores foi alterada.

Veja o caso das Titan, Fan e CB 300...

No lançamento da CB 300 em 2009, a Honda ainda recomendava o óleo mineral 20W-50...
Comentário feito em fórum de proprietários em 2010: http://www.cb300online.com/viewtopic.php?f=9&t=6951&start=60

E aí em 2011 a honda lançou a marca própria desse tal óleo genuíno honda semissintético 10W-30 e padronizou seu uso para toda a linha, inclusive as motos que estavam felizes da vida há muitos anos com o mineral 20W-50.

O resultado foi o que se viu.
Imagem: Parcial de busca de imagens no google por "CB 300 cabeçote trincado"

Mas o povo não tem boa memória para datas e em seu desconhecimento de mecânica passou a associar motor moderno e injeção eletrônica com óleo fino — nada a ver.

Voltando ao assunto do vídeo da CB 750:

A Honda nunca recomendou óleo 10W-30 para as CB 750.

A especificação de óleo original da Honda para todas as motos fabricadas por ela no mundo todo — até o recente cometimento pela honda do famigerado 10W-30 semissintético — sempre foi óleo SAE 10W-40 ou SAE 20W-50 dependendo da temperatura do local de utilização.

Como eu sei disso?

Sou da área. Traduzi muitos manuais de motocicleta, tanto de proprietário quanto de oficina. 

Traduzi até curso de treinamento de mecânico de concessionária, então vai ser muito difícil um mecânico vir dizer pra mim que estou falando besteira.

O que acontece é que a Honda, como diversos fabricantes, publicava no manual em Inglês uma tabela de viscosidades permitidas em função da temperatura ambiente da região de utilização da moto.
Imagem desta postagem: http://minhaprimeiramoto.blogspot.com.br/2013/11/alerta-aos-proprietarios-de-kawasaki.html

Esta tabela aqui aparece no manual da kawasaki, mas a que aparecia nos manuais da Honda era idêntica porque as leis da Física não mudam de um fabricante para outro.

Os brasileiros nunca viram essa tabela nos manuais de proprietário porque a Engenharia da Honda no Brasil tomou a decisão acertada de não deixar essa escolha por conta do dono da moto.

A viscosidade mais adequada para o território nacional é 20W-50 — e no lugar de uma tabela que poderia gerar dúvidas, recomendava o óleo com a viscosidade adequada que cobria todo o país e também o fabricante com quem tinha acordo comercial na época, e ponto final.

Engraçado é que o próprio professor Ivo da Fênix afirma no vídeo que o melhor óleo para a moto é o Motul 15W-50... 

Diz enfaticamente o professor Ivo da Fênix:

"O Gol usa óleo 5W... 5W-30".

Não é bem assim — enfatizar o 5W só mostra o desconhecimento de como funciona a classificação de viscosidade de lubrificantes SAE.


Imagem: http://www.elf.com/en/advice-corner/engine-oil-faq/oil-viscosity-chart.html

De fato, os NOVOS Gol com tucho hidráulico, aqueles que vivem batendo pino, usam óleo 5W-30. Falo sobre isso nesta postagem aqui.

Como 5W não influi em nada onde não cai neve, ele deveria enfatizar que o Gol com tucho usa óleo 30...

O problema dos Gol e outros carros modernos fazendo aquele barulho horrível de metal contra metal está no uso do óleo de viscosidade 30, e não no 5W...

Sabe que vw antes dos novos Gol usava óleo 30?

Os primeiros fusquinhas que circularam aqui no Brasil.
Imagem e história do fusca: https://euamofusca.wordpress.com/2013/03/06/cronograma-de-um-simbolo-de-1932-a-2013/

O pessoal ainda era ignorante do assunto e usava o mesmo óleo que lá na Alemanha, não sabia que era necessário fazer a adaptação em função do clima.

O resultado é que os fusquinhas e kombis viviam parando por aquecimento excessivo da bomba de combustível instalada no motor... 

O motor aquecia demais, a gasolina criava uma bolha de vapor dentro da bomba e a bomba parava de enviar combustível para o carburador. E taca-lhe pano molhado na bomba e fuqueta rodando com o capô traseiro aberto... 

Esse problema foi resolvido por quem passou a usar óleo da viscosidade correta para a temperatura do país — com o motor trabalhando melhor lubrificado, se aquecia menos. Insira aqui o seu paralelo com os problemas por temperatura dos motores honda esfriados a ar usando óleo 10W-30 hoje em dia...

Esse argumento que fabricantes e mecânicos doutrinados pela propaganda usam para justificar o uso de óleo fino em motores com tuchos só cola em países de terceiro mundo por falta de quem os conteste.

Até na Alemanha (onde neva no inverno) se usam óleos 20W-50 em motores com tuchos hidráulicos (hydraulic tappets), e há bem mais de 30 anos...

A Ravenol é uma fabricante alemã:
Imagem: http://www.ravenol.de/en/products/usage/d/Product/show/p/ravenol-formel-extra-sae-20w-50.html

E o povo leigo e desconhecedor do assunto acredita no marketing e propaganda das empresas e fica pensando que óleo 0W-30, 5W-30, 10W-30 é superior... até para motor de moto que nem usa tucho hidráulico...

Até para motores de Titan, Fan e CB 300 que não davam problema antes de começarem a usar óleo 10W-30...

Seria cômico se não fosse trágico. Chavão detectado.

Diz o professor Ivo:

"O 20W significa a viscosidade com o motor frio."

Está errado, professor Ivo.

E todo mundo que buscar informações, verá que centenas de páginas em Português na internet repetem o mesmo erro crasso.

No engano dele, o 15W-50 da Motul é um óleo fino à temperatura ambiente... muita gente cai no mesmo erro.

Vamos lá de novo mais uma vez:

O algarismo 50 indica a viscosidade do óleo à temperatura em que a água ferve, 100 graus Celsius, que é aproximadamente a temperatura em que ele trabalhará dentro do motor — se for arrefecido a água.

Em um motor arrefecido a ar, a temperatura poderá passar de 150 graus e a viscosidade do óleo diminuirá ainda mais... 

W quer dizer Winter, inverno.

20W e 15W significam a viscosidade do óleo em condições de inverno rigoroso lá nos EUA, onde a classificação SAE foi criada.

E isso quer dizer temperaturas muito muito muito baixas mesmo, entre –10 e –15 graus Celsius para esses óleos.
Tabela: http://www.machinerylubrication.com/Read/411/oil-viscosity

O Gol usa 5W-30...

Você já viu algum lugar do Brasil com temperatura negativa na casa dos –20, –25, –30 graus Celsius para justificar o uso de um óleo 10W, 5W ou 0W?

Nem eu.

20W-50 indica que um óleo se comporta como um óleo monoviscoso SAE 50 em dias normais e dentro do motor quente, e como um óleo monoviscoso SAE 20 em dias em que cai neve antes de o motor atingir a temperatura normal de funcionamento.

A viscosidade é uma propriedade que muda continuamente conforme a temperatura. 
Gráfico: St (stokes) é outro critério de medição da mesma propriedade, a viscosidade.

O óleo 20W-50 que sai da embalagem com viscosidade definida como SAE 50 à temperatura ambiente não vira magicamente um óleo SAE 20 enquanto espera o motor dar partida.

O que acontece é uma mudança gradual da coesão entre as moléculas conforme aumenta ou diminui a temperatura.

Maior a temperatura, maior a energia térmica, maior a vibração das moléculas de óleo, menor a coesão entre elas, menor a viscosidade do lubrificante. E vice-versa.

Com o motor totalmente quente, depois de funcionar por cinco a dez minutos, a viscosidade do óleo 20W-50 bem quente é mais próxima da água que do óleo que saiu da embalagem.

Em uma partida com o motor frio em dia normal o óleo SAE 20W-50 se comporta como se fosse um óleo monoviscoso 50. Está como saiu da embalagem.

Em uma partida com o motor frio em dia bem fresco o óleo 20W-50 se comporta como se fosse um óleo monoviscoso 40. "Engrossa" um pouco, coisa quase imperceptível.

Em uma partida com o motor frio em dia frio o óleo 20W-50 se comporta como se fosse um óleo monoviscoso 30. "Engrossa" ainda um pouco mais. Nada que aumentar a rotação de marcha lenta não resolva a dificuldade de estabilizar a rotação do motor.

Em uma partida com o motor frio em dia em que cai neve, o óleo 20W-50 se comporta como se fosse um óleo monoviscoso 20. "Engrossa" ainda um pouco mais, de maneira perceptível, mas não é o fim do mundo. A partida será difícil, mas não impossível, a menos que você esteja no inverno do norte da Sibéria ou do Canadá, onde deveria estar usando um óleo 0W ou 5W.

Quantos dias por ano cai neve no lugar do Brasil em que você mora?

Pois é.
Gráfico: http://www.lubrificantes.net/esp-003.htm

A informação relativa à viscosidade de inverno, o número antes do W, é irrelevante para a imensa maioria de nós aqui no Brasil durante a imensa maioria do ano — e negligenciável nos outros dias.

Mas faz todo o sentido em países de inverno rigoroso como o Japão, EUA, Canadá, Argentina e Chile.

Essa informação incorreta foi muito difundida depois que um cara que eu respeito muito, o Tite Simões, publicou uma reportagem no site da Webmotors "explicando" isso.

Essa informação incorreta que ele recebeu e passou para a frente foi amplamente reproduzida e até hoje gera convicções erradas como a do vídeo.

Há mais de um ano eu comuniquei o erro para ele, trocamos alguns emails, conto a história nesta postagem aqui.
Postagem: http://minhaprimeiramoto.blogspot.com.br/2015/02/enganos-acontecem-novidades-sobre.html

O Tite sugeriu que eu pedisse uma errata no site que publicou a informação errada dele.

Desculpa, Tite, mas não sou o pai da criança.

Cada um é responsável pelo que faz — e como se vê, esse erro divulgado e não corrigido por ele até hoje me causa dor de estômago.

Para entender de vez:

O grande problema do óleo 10W-30 semissintético da honda não está no 10W, está no 30... e na quilometragem recomendada para a troca absurda.

Pelo menos o professor Ivo da Fênix usa e recomenda um bom óleo.

Mas ao contrário do que ele disse, o Motul 15W-50 não é mais fino quando está frio. 

Pelo contrário, ele aumenta um pouco de viscosidade, como todos os óleos.

Na partida ele é o mesmo óleo 50, só que no inverno rigoroso ele não aumenta de viscosidade tanto como seria de se esperar de um óleo 50 — ele aumenta somente o que seria de se esperar de um óleo 20.

Ficou claro?

Nas temperaturas brasileiras, somente no auge do inverno é que você nota alguma diferença durante a partida, ela fica um pouco mais pesada, mas muito dentro dos limites de capacidade de bombeamento que você vê naquela tabela cor de rosa lá de cima. Veja as temperaturas para óleos xxW da coluna Pumpability, capacidade de bombeamento.

Depois que o motor esquentou, a viscosidade será a mesma porque o óleo de um motor quente fica na casa dos 100 graus Celsius.

Qual a relação disso com os tuchos hidráulicos da Sete Galo?
Imagem: http://www.riosulense.com.br/br/linha-de-produtos/produtos-aftermarket/14/tucho-hidraulico/

Para não deixar ninguém preocupado, a imensa maioria de nossas motos não usa tuchos hidráulicos.

Tucho hidráulico é coisa de moto esportiva e superesportiva, nem a Hornet usa.

Motos 125, 150, 250, 300, 600 (pelo menos da honda) usam parafusos de ajuste ou pastilhas de calço, nada de tucho hidráulico — então essa questão é irrelevante para motos pequenas e médias.

O preenchimento dos tuchos hidráulicos ocorre pela pressão do óleo bombeado.

Em motores com tuchos hidráulicos, toda partida, seja qual for a viscosidade do óleo, o tucho trabalhará sem pressão de óleo nas primeiras rotações do motor. 

Recebeu pressão, o tucho elimina a folga entre o comando e a válvula, acaba o barulho. 

O pessoal enfatiza tanto essa condição normal de funcionamento do motor, e deixa de lado que o desgaste realmente importante para a vida útil do motor não está nos tuchos, peças baratas e feitas para serem substituídas com facilidade.

O verdadeiro desgaste importante não está nas 50 ou 100 primeiras rotações que o tucho vai girar atuar sem pressão suficiente.

Ele está nos mancais de bielas, nos cilindros, pistões, comando... durante as horas seguintes em que o motor ficará girando a quase 10.000 rotações por minuto...

Em termos de longa vida útil do motor, mais importante do que o óleo chegar rápido nos tuchos é ele manter uma película protetora entre as peças metálicas sujeitas a grandes esforços.

E não só durante o funcionamento do motor, mas também no momento da partida enquanto a pressão gerada pela bomba ainda é baixa.

Para manter essa película de um dia para o outro e garantir a lubrificação enquanto não chega o óleo da bomba, as moléculas de óleo precisam ter adesão e coesão para não escorrerem rapidamente entre as irregularidades microscópicas da superfície metálica.
Imagem baseada em: http://www.slideshare.net/reshmasanthosh/adhesion-and-cohesion

E a propriedade que resume essa capacidade das moléculas de óleo aderirem a superfícies e se manterem coesas entre si se chama viscosidade. 

Um óleo mais viscoso permanece sobre a superfície por mais tempo e garante um "isolamento" melhor entre as paredes metálicas em contato.

Um óleo menos viscoso não mantém essa película, simples assim.

Escolas "modernas" de engenharia dizem que o importante não é a viscosidade do óleo, mas a lubricidade  — e isso é uma distorção da realidade deslavada muito divulgada ultimamente.
Imagem: Tome cuidado com essa estória de lubricidade para não sobrar para você. Nem para o motor da sua moto.

Curiosamente, por coincidência, os motores rodando com óleo 0W-30, 5W-30, 10W-30 "justificados" por essa estória da lubricidade estão garantindo grandes lucros para muitas empresas de vários mercados — fabricantes de óleo, fabricantes de peças de reposição, oficinas, concessionárias, montadoras.

Sem falar nos impostos arrecadados. 

É como se fosse uma CPMF não declarada, que arranca um "pouquinho" de cada dono de veículo e redistribui a renda entre a camada da população mais necessitada do básico: jatinhos, lanchas e joias.

O pessoal que apregoa as virtudes da lubricidade comete um erro crasso (será erro?) ao não considerar que ela varia em função de fatores ambientais:

"Outros fatores tais como o tamanho da superfície, a temperatura e pressão também são especificados. Para dois fluidos com a mesma viscosidade, o que resulta numa marca de desgaste menor é considerado como tendo maior capacidade de lubrificação. Por esta razão a lubricidade também é denominada propriedade antidesgaste de uma substância." Wikipedia, Lubricity 

Olha que definição interessante! 

A lubricidade é a eficiência da lubrificação medida pelo desgaste em corpos de prova. 

A melhor lubricidade entre dois lubrificantes será daquele que resultar em menor desgaste depois de um determinado tempo de atrito a uma certa temperatura e pressão.

Ou seja, a lubricidade permite quantificar a diferença entre um óleo 20W-50 vagabundo e outro 20W-50 de boa qualidade. Ou de classificações de serviço (API SG, SL) diferentes.

Mas ao testar nas mesmas condições dois óleos de mesma classificação API e viscosidades diferentes, sendo um deles um xxW-30 e o outro um xxW-50, adivinha qual deles apresentará o menor desgaste depois de um certo tempo?

A menos que as leis da Física tenham mudado nos últimos anos, será o óleo 50...

Engraçado, somente nos motores modernos isso não acontece...

"Ah, mas os motores modernos giram com mais alta rotação, precisam de óleo mais fino..."

Ou então:

"Ah, mas os motores modernos são fabricados com folgas menores, precisam de óleo mais fino..."

Conversa.
Imagem: http://otambosi.blogspot.com.br/2015/09/contas-do-governo-apenas-conversa-para.html

Motores de motos sempre giraram em rotações mais altas do que os motores de carros de hoje em dia e sempre usaram óleo 20W-50 no Brasil.

Motores de motos e de automóveis esfriados a água podem usar óleo 15W-40 porque o sistema de arrefecimento evita temperaturas tão altas quanto aquelas dos motores de motos esfriados a ar.

E quanto às folgas internas, elas são ditadas pela dilatação térmica dos materiais e não pela modernidade do motor.

Motores são construídos com folgas porque as peças se dilatarão com o calor e elas praticamente desaparecerão quando o motor estiver aquecido — haverá espaço apenas para uma película de óleo muito fina.

Motores sempre usaram folgas na casa dos centésimos de milímetro para manter uma película suficiente de óleo entre suas superfícies. 

As leis da dilatação térmica não mudaram, e o óleo que chegava nessas folgas em 1966 continua chegando em 2016 e continuará chegando em 2066.

O professor Ivo da Fênix não fala por maldade.

Ele apenas repete o que aprendeu, mas infelizmente boa parte das informações que ele recebeu foram distorcidas.

Em uma coisa eu concordo com ele:

Um óleo 15W-50 funciona muito bem no motor.

Da mesma forma que um 20W-50 — porque aqui no Brasil, os números acompanhados de W são irrelevantes.

A menos naqueles dias frios de Urubici.
Imagem: http://wp.clicrbs.com.br/pordentrodobrasil/2010/09/01/urubici/

Para encerrar, as informações incorretas divulgadas pelo professor Ivo da Fênix não são culpa dele. 

Essas desinformações vêm sendo propaladas no mercado há décadas, e as pessoas sem acesso a fontes de informações confiáveis ou mesmo contrapostas às divulgadas pelos interessados não têm facilidade de pesquisar.

Ele deu uma entrevista de bate-pronto baseada na memória dele, e a memória é algo que nos engana com frequência.

Ele não teve a chance de conferir o que ia dizer no vídeo, enquanto eu tive horas para pesquisar e encontrar fontes para confirmar aquilo que eu aprendi na escola e na vida.

Recorri a isso porque senão seria apenas uma questão de palavra de um contra a palavra de outro.

Usando fatos comprovados e comprováveis, não tem discussão e todos ganham com as informações.

Então considero este assunto encerrado. Até terminar a próxima postagem.

Um arbaço, que depois de tantas doses eu vou buscar um remedinho para o fígado,

Jeff

65 comentários:

  1. Transcrevo o depoimento do leitor Júlio Matheus, porque não consigo acesso ao facebook, então não posso responder diretamente, então vou torcer para que ele leia este comentário...

    Jeff, venho lhe contar um ocorrido.
    Lá estava eu com minha CB300R 2010, quando ficaram sabendo(Amigos e afins) que coloquei "mais óleo" na moto... Rapaz só faltou me amarrarem e eles mesmos tirarem o óleo.
    Nunca ví tanta ignorancia assim, se bem que Brasilero tende a ser ignorante assim.
    Não cheguei a falar com ninguém que tjá tenha feito o procedimento da maneira correta.
    Até mesmo meu próprio pai riu da minha cara, vai entender...
    Cheguei um ponto que se me perguntam quanto de óleo vai na moto simplesmente falo "o rapaz da oficina que troca pra mim". Ignorancia cansa.
    Na CB, com 1,5L de óleo, a vareta chega ao máximo, com o procedimento correto, lá se vão 1,8L de óleo "você é louco" disse um amigo meu.
    Mas enfim, vida que segue, um abraço!

    Obrigado, Julio! É um pouco reconfortante saber que isso não acontece só comigo...
    Você exemplificou muito bem o que acontece — o pessoal fala com "autoridade" sem nem sequer ler o manual do proprietário... é triste.
    E deixam na mão do mecânico toda a responsabilidade pela vida da moto e, em casos extremos, a própria vida em cima da moto.
    Parece que o pessoal tem prazer em levar a moto na oficina... jogar dinheiro fora... bancar o sabidão diante dos amigos com o argumento "sempre foi assim".
    E a gente está falando de manter o nível de óleo correto...
    Coitado do Colombo que tinha que convencer o pessoal que a Terra era redonda...
    Um abraço,
    Jeff

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    1. Gostaria que soubesse que li sim seu comentário, Jeff.
      Colombo deve ter sofrido mesmo!
      Um abraço.
      Julio.

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    2. uma pergunta por favor eu posso usar oleo diesel na 7galo ou em outras motos no canal do tonella ele falo que usava oleo diesel na kombi por ser mais grosso e oxidar menos eu adorei o topico desde criança e quando comecei a gostar de motores sempre achei esse negocio de oleo mais fino uma furada porque quando mais grosso mais demora para evaporar e mais fino aquece mais e dura menos me corrija se eu tiver errado abraços rsrs

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    3. Olá!
      Esclarecendo, o que você leu foi sobre usar óleo lubrificante para motor diesel, e não o óleo diesel combustível propriamente dito. Que por sinal, hoje é inflamável... não ia dar certo mesmo...
      Sei que nas CB 400 e 450 muita gente usava o óleo lubrificante turbo diesel , que é um 15W-40, e dizia que o desempenho da moto era melhor. Isso é compreensível porque todo óleo 40 dará um desempenho melhor do que um 50, assim como um 30 dará melhor ainda, tanto é que em corridas o pessoal usa óleos 10 e 20, já que a preocupação é fazer volta mais rápida e não garantir uma vida longa para o motor.
      Resta saber se as motos que rodam até hoje foram tratadas com óleo recomendado ou com o óleo famoso entre os proprietários, porque não existem estudos oficiais sobre isso.
      Eu sempre tive preconceito contra usar óleo para motor diesel em motos porque pensava que os aditivos para combater a acidez típica do combustível diesel (motores em ferro fundido) poderiam corroer internamente o alumínio do motor da moto por alcalinidade excessiva. Meu amigo Daniel sempre usou e o motor da moto dele com quase 100 mil km deu gosto de ver por dentro... será que isso vale para todos os fabricantes? Todos usam os mesmos aditivos? É um risco que eu não correria.
      E é bem isso que você disse. Uma categoria de viscosidade não tem limites exatos, são faixas e admitem certa variação. Um Motul 20W-50 é visivelmente mais viscoso que um mobil 20W-50, mas ambos são vendidos com a mesma classificação. Particularmente, penso que o Motul 3000 seja um 25W-60, porque uso essa categoria na minha moto com motor cansado, e a viscosidade é comparável. Mas se o Motul recebesse a classificação correspondente à sua real categoria, ficaria fora do filé o mercado... é uma teoria minha que não tenho como provar.
      O fabricante da moto testa óleos e recomenda um tipo específico como sendo o melhor. Se é o melhor para eles ou para nós, aí já é outra história.
      Um abraço,
      Jeff

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  2. Motor M50 da BMW, lançado em 1989, tucho hidráulico, óleo 20W50!
    Um óleo fino diminui a capacidade de carga do mancal, diminuindo o número de sommerfeld, um número que caracteriza os mancais de deslizamento. Assim o filme lubrificante fica muito fino, tendo um filme fino e a mesma velocidade relativa entre as duas superfícies, a taxa de cisalhamento do óleo fica muito maior, assim aquecendo mais o óleo. Se você estudar o mínimo sobre projeto de mancais, vai ver que a escolha do óleo não vem de preconceitos nem da modernidade do seu motor, vem da carga e velocidade relativa entre as superfícies, assim escolhendo a folga e óleo ao mesmo tempo, e nada mudou nesse tempo todo, desde o final do século 19, quando sommerfeld, reynolds e outros determinaram e resumiram os fundamentos da lubrificação hidrodinamica, e o surgimento dos óleos multiviscosos só te livrou de ter que usar um 50 no verão é um 20 no inverno, se é que onde vc mora faz 5 graus no inverno e 30 no verão!

    https://en.m.wikipedia.org/wiki/Sommerfeld_number

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    1. Olá, Victor!
      Obrigado pela contribuição!
      Pelo exposto, concordamos, correto?
      É que sua frase "Se você estudar o mínimo sobre projeto de mancais, vai ver que a escolha do óleo não vem de preconceitos nem da modernidade do seu motor" ficou dúbia.
      Só para esclarecer, é isso que eu afirmo o tempo todo na postagem, as leis da Física não mudaram, mas a preferência por óleos de viscosidade inadequada para a temperatura do nosso país se tornou a regra e não a exceção.
      Um abraço,
      Jeff

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  3. Todo o conteúdo explicativo da postagem é o que existe de melhor. O trecho que resume toda esta "treta" é
    "É como se fosse uma CPMF não declarada, que arranca um "pouquinho" de cada dono de veículo e redistribui a renda entre a camada da população mais necessitada do básico: jatinhos, lanchas e joias."
    Saiba Jeff que o seu esforço em "nadar contra a maré", ou em "dar murro em ponta de faca" tem forte base Espiritual, não é para fracos e a recompensa não virá deste mundo, mas do outro mundo, do mundo da luz.
    Parabéns por mais esta importante é esclarecedora postagem.

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    1. Obrigado, José Carlos!
      Esse apoio que recebo dos leitores já é uma grande recompensa.
      Me sinto na obrigação de fazer meu papel como cidadão, seria bom que o Ministério Público fizesse a parte dele.
      Tudo de bom,
      Jeff

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  4. O leitor Marcelo Montenegro Santos comentou no facebook:

    Jeff, boa tarde ! É possível você conseguir fotos ou vídeos de motores 125 ou150 da Honda dos anos anteriores e posteriores a 2011, abertos, para verificarmos o que eles dizem que: "as galerias de passagem do óleo são mais estreitas nos motores atuais, que dos motores antigos, para justificar o uso do óleo 10w30" ? Escuto isso sempre que falo em usar óleo 20w50 na minha 150 2011.

    Olá, Marcelo!
    Também tenho curiosidade de ver isso com meus próprios olhos, mas encontrar dois motores diferentes abertos e ter à mão um instrumento para medir ou uma câmera para registrar é difícil para mim.
    Talvez eu tivesse alguma chance se ainda morasse em Santa Catarina perto da oficina de um mecânico honesto que conheci por lá. Mas naquela época ainda não aparecia nenhuma moto nova para conserto de abrir o motor — as que davam problema eram consertadas na concessionária, muitas ainda em garantia.
    Agora que voltei para Santo André ficou ainda mais difícil. As fotos que publico são aquelas que encontro garimpando na internet ou que alguém me envia.
    De qualquer forma, reduzir o duto de óleo teria o efeito de aumentar a pressão do óleo nos mancais e diminuir o volume de óleo para resfriamento do cabeçote.
    Seria um enorme tiro no pé dos engenheiros da honda. Poderia explicar um monte de coisas...
    Um abraço,
    Jeff

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    1. pena que a uns 2 meses eu abri o meu se soubesse teria contribuído com as informações.

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    2. Agradeço, e espero que você não precise abrir novamente o motor por muitos anos!
      Um abraço,
      Jeff

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    3. foi só a tampa lateral e foi pra tirar uma duvida de um "daqueles" mecânicos, mas estava tudo ok e só me custou a borracha de vedação.

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  5. Acho que não tem muito o que falar, se da primeira vez que eu apareci por aqui tivesse de cara já lido essa publicação eu não teria teimado ou duvidado. Tudo muito explicadinho com as fontes tal você é muito caprichoso Questão parabéns. Só vou deixar a informação pra quem ainda tem duvidas... Sou proprietário de uma cg fan 150 2012 e meus problemas começaram quando meu mecânico de confiança fechou as portas, entre idas e vinhas a procura de um mecânico confiável e apos varias decepções resolvi eu mesmo colocar a mão na massa ou na graxa rs, apos cair de boca(eita) nas pesquisas acabei parando aqui teimei teimei mas no fim aderi a estar colocando mais óleo e a estar trocando o famoso 10w30 pelo 20w50(o meu é semissintético) e adivinhem? A mudança foi súbita e pra min que tem o dom da percepção foi imensa. Da partida aos barulhos, dos estalos ao desligar a potencia, e principalmente ao desgaste prematuro dos discos da embreagem a ela estar extremamente colada ao ficar parada por um tempo. Hoje eu frequento esse blog diariamente e estou sempre aprendendo mais e mais e o mais importante aprendendo da maneira correta, como eu sei que esta realmente certo? pra simplificar "em time que está ganhando não se mexe" e meu bolso agradece kkk.

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    1. Muito obrigado pelo depoimento, Felipe!
      Fiquei realmente feliz de ler isso!
      Seu bolso agradece e garanto que sua moto também!
      Um abraço,
      Jeff

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    2. Felipe, boa noite !

      Eu tenho uma Fan 150 2011. Qual óleo você já usou nela, e qual está usando hoje ? Testei uma vez um mobil 20w50 e não gostei do resultado. Além da moto ter ficado muito fraca, os barulhos e cambio duro voltaram a me aborrecer com 800km rodados. Hoje eu utilizo um Motul 5100 10w30 e por enquanto estou satisfeito com ele, mas já penso em testar um Motul 20w50. Minha moto está com pouco mais de 52.000km. Já usei o Honda 10w30, Mobil 10w30 e 20w50, Lubrax 10w30 (menos ruim de todos, fora o excelente Motul).

      Compartilha mais detalhes ai conosco, por favor !!!

      Obrigado.

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    3. Olá, Marcelo, aqui é o Jeff. Antes que o Felipe responda, me tira uma dúvida:
      Quando testou o mobil 20W-50, você colocou 1 litro ou fez o procedimento do manual e completou até a marca superior da vareta?
      Repôs o óleo consumido antes de chegar aos 800 km?
      Chegou a verificar o nível quando o câmbio ficou duro?
      O mobil é um óleo que tende a desaparecer do cárter mais rápido que os outros, pelo menos no meu tempo de CG era assim, e nas poucas vezes em que fui obrigado a usar por contingência ou engano do mecânico, nunca me agradou.
      Quanto ao motor perder um pouco de rendimento, esse é um dos motivos que levaram a honda a passar a usar óleo 10W-30.
      A partir de 2011 as motos foram obrigadas a usar catalisador, que estrangula a saída de gases de escapamento e rouba cerca de 1 CV da potência do motor. Um óleo mais fino deixa o motor mais esperto, mas não protege tão bem quanto ao desgaste.
      Um abraço,
      Jeff

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    4. Jeff,

      => Na época, como eu ainda era um "novato" nessa área de motociclismo, segui a recomendação da oficina que colocou o óleo e foi somente 1l.
      => O óleo não foi reposto após os 800km. Só troquei com quase 4.000km.
      => Não verifiquei o nível do óleo. Na época, eu não tinha esse costume, porque não fui instruído a fazer isso. Sempre confiava nas oficinas ou lojas da honda.
      => Então já está comprovado a perda de potência que senti. Pouco óleo, motor esquentando demais e o catalisador que na época ainda devia estar bom. Hoje, nem deve ter mais nada.
      => Já me sugeriram trocar o escape original dela, por um esportivo, mas não sou adepto de ficar fazendo muitas modificações na minha moto. Talvez mais para frente eu coloque um escapamento mais aberto.
      => Ainda devo ter uns 300ml do Motul 5100 10w30 que uso para ir repondo, até a próxima troca. Faltam só uns 600km.
      => Vou procurar um Motul 20w50 ou 15w50 para experimentar nela.
      => Amanhã vou pegar estrada, viagem de 140km e vou ver como ela se comporta, depois da limpeza feita com querosene no tanque. Medi o óleo agora a noite com o motor ainda quente, e aparentemente não baixou o nível. Está na marca máxima superior. Amanhã faço nova medição e caso fique um pouco baixo, completo antes de viajar. Por enquanto estou abastecendo o tanque somente com etanol.

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    5. Obrigado por responder, Marcelo!
      Era mesmo o que eu imaginava. Sem repor o óleo, o motor sofre demais. Começar com o mínimo do mínimo é pior ainda, é isso que estraga os motores tão cedo.
      Você fará uma viagem, não deixe de verificar o nível antes de retornar. É normal abaixar coisa de 200 a 300 ml depois de uns 300 km de estrada, é um consumo normal que pode surpreender. 200 ml é aproximadamente toda a faixa de medição da vareta.
      Um abraço, e boa viagem,
      Jeff

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    6. Boa noite Marcelo
      confesso que é um pouco recente que todos os meus problemas tenham acabado mas vou sim compartilhar todo o meu conhecimento.
      Acho que já usei quase todos os óleos disponíveis tudo em 10w30(semissintético) e posso afirmar que o pior de todos foi o mobil, não vou prolongar ele é horrível e ponto. Eu também acho que o lubrax é o melhor, digo melhor porque todos na faixa dos 50 reais são melhores que os na faixa de 20, mas pra min foge do conceito do porque tenho a moto ficar colocando e recolocando um óleo tao caro então me prendi entre os mais em conta. Graças a Deus eu nunca deixei de passar a troca de óleo de 1200 em 1200(teve sua consequência)Antes de chegar no óleo acho que é preciso saber quais são todas as manutenções que você precisa fazer e em que frequência alem de sempre estar em dia com o procedimento Jeff de messar o óleo. Eu acho a Fan muito chata então se você se encontrar naquela situação de "da pra usar mais um pouco" escolha já fazer a troca(isso é pra pecas em geral)Nunca deixe de fazer a troca de mil em mil, sempre reponha o óleo(1,2 litro por troca) e sempre de a partida estando no neutro, sempre que a moto estiver umas 8 horas parada deixe ela ligada por uns 3 min(nunca mais que 5) pra assim poder acelerar e sair. Fica de olho também nas trocas do filtro de ar, no de combustível,na coroa, corrente(folga da corrente também) lembrando que a folga da corrente é uma quando você esta só e outra quando tem garupa, nas velas(na limpeza também) e por ultimo o ajuste do manete da embreagem, ele sempre deve ser alto, gasolina se puder sempre da metade do tanque pra cima(isso ate me salvou de perder a bomba de gasolina, meu irmao esqueceu a moto ligada por 2 dias, bateria foi pro saco mas a bomba ficou ok) Bom o óleo é sempre uma coisa muito particular e você deve usar o que você acha melhor não se prender as opiniões dos outros, tem que testar e se não gostar partir pra outro. Assim como o Jeff sempre fala quando maior a espessura/viscosidade(deu branco) menor vai ser o rendimento mas maior vai ser a proteção, por isso em corridas eles usam um 10wsei la o que, mas garanto que vale a pena. Eu uso o Castrol 20w50(Actevo Extra Semissintetico) já estou na 3ª troca e não tenho o que reclamar tudo funciona lisinho e o rendimento comparado ao 10w30 é o mesmo comparado a Acohol e gasolina. Acho que isso é tudo que sei desculpa a demora e pelo textao, qualquer duvida é nois.

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    7. Na minha opinião Marcelo ficar mexendo na moto é coisa de moleke principalmente escapamento, ja tive a minha época de querer trocar tanto pra ficar na "modinha" como para os motoristas me verem(ouvirem) melhor ou de mais longe, mas já passei direto por tanta blitz por estar com a motoca original, jaqueta, luva... cada situação... que hoje acho desnecessário.

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    8. Novo padawan eu encontrar.
      Um abraço,
      Jeff

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    9. Valeu Felipe ! Algumas das suas dicas, já venho fazendo de 2013 pra cá, logo depois do acidente que sofri com a minha. //outros, vou passar a seguir. É ótimo esse compartilhamento de experiências, de quem tem um veículo idêntico, e que cuida. 99% dos que eu conheço que tem uma idêntica a nossa, não estão nem ai para as motos. Só fazem reclamar que não prestam. Adorei o texto longo, nem precisa se desculpar.

      Jeff (mestre Jedi), padawan realmente você conseguir !!! Rsrsrs

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    10. KKKKK... eu rir muito!
      Um abraço,
      Jeff

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    11. Outro cuidado que também deve ser tomado é sobre o abastecimento, o manual diz que o modelo da moto não é preparado para estar sendo abastecido com gasolina aditivada e afins, eu nunca coloquei mas também não quero arriscar, li uma matéria que explicava sobre motos custom que não eram preparadas para a nossa alcolina e o prejuízo que causava, acredito que isso também se aplique ao inverso.Infelizmente Marcelo comigo é o mesmo ou eles não estão nem ai pra zuera ou não estão nem ai pra nada, por isso acabei por aqui rs. Já me ferrei muito mas nunca levei um rola, acho esse modelo da moto tao bonito (mais robusto que o tradicional para as cilindradas), mas ai compartilha também algo que eu não tinha dito ou alguma dica sobre comportamento... o que me faz ter uma ideia: Jeff você poderia criar um tópico semanal aonde usuários reais de diversos modelos de motos deem opiniões diversas sobre as suas motos(algo assim).
      Vlw gente fiquei ate sem jeito ( ͡~ ͜ʖ ͡°)

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    12. Felipe, teria de ser uma estrutura de fórum para isso... na próxima reunião que eu tiver com o Vinícius vou verificar essa possibilidade. Aliás, marcar essa reunião está demorando tanto quanto agendar o passeio... não esqueci não.
      Um abraço,
      Jeff

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    13. Interessante você falar sobre essa preocupação sobre o uso de gasolina aditivada, que o manual do proprietário não recomenda porque é uma tradução ao pé da letra do original em inglês. Os engenheiros não levam em consideração que a gasolina comum usada no resto do mundo não se compara com nossa alcoolina propagandeada como o melhor combustível do mundo... Manual em inglês fala para não usar gasolina com mais de 10% de etanol, mesmo manual em português fala que pode usar gasolina comum com 27,5% de álcool...
      O problema das motos custom foi esse, motor pedindo gasolina aditivada e o manual traduzido ao pé da letra (como é obrigação dos tradutores) e não adaptado à realidade nacional pelos engenheiros das montadoras (como seria obrigação deles...)
      E nem substituindo as mangueiras para outro tipo de borracha resistente ao álcool... (o que deveria ser o trabalho e a obrigação deles...)
      O projeto de tornar 100% da gasolina vendida no Brasil obrigatoriamente aditivada vem sendo adiado há anos e será finalmente implementado a partir de 2017.

      https://www.brasilpostos.com.br/noticias/combustiveis-2/gasolina-aditivada-somente-em-2017-2/

      Aí vou querer ver a cara do pessoal que sempre me diz "Você é louco de usar gasolina aditivada porque o manual do proprietário diz que só pode usar comum".
      Um abraço,
      Jeff

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    14. Legal mas para nos proprietários de motos flex o problema não é o alcohol e sim gasolina pura demais, no manual não especifica a quantidade que deve ter de cada um, só diz que apos girar a chave de ignição o sistema irá verificar a proporção da mistura. Como você sitou que a tradução seria ao pé da letra então eu afirmo mais ainda se o manual não quer "aditivada" seria a aditivada deles ou seja, a gasolina pura então pra min ao contrario da maioria o problema não é o alcohol e sim a gasolina correto?
      Eu acho que da pra fazer mais simples Jeff assim como você esta fazendo transcrevendo os comentários do facebook, você poderia escolher alguém ou algum modelo usar email e depois transcrever em forma de postagem e o resto fica pelos comentários rs

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    15. Tenho a intenção de transformar alguns desses bate-papos em postagens, planos para o futuro próximo. Nunca tive carro ou moto flex, mas o que sei é que a injeção eletrônica se adapta a um tipo de combustível e depois leva um tempo para reaprender o novo tipo. Então, ao contrário do que te dizem na hora de vender a moto, você não tem a liberdade de escolher qualquer combustível na hora que bem entender.
      Se o fizer, vai ter de amargar uma perda de desempenho até a ECU se reprogramar, o que em um carro não é muito perceptível, mas em um motorzinho de moto pode ser um tormento.
      Nossa gasolina é um problema no mundo todo, ninguém aceita um combustível de tão má qualidade como o nosso em termos de proporção de álcool na gasolina. O brasileiro é obrigado a engolir 175% mais álcool do que o máximo considerado aceitável pelos fabricantes dos motores (carros, motos, jet-skis, motores de popa...)
      Onde está a mágica que transforma os motores dos carros importados e nacionalizados, cujos fabricantes vetam expressamente esse combustível lá fora, e aqui o indicam como perfeito e ideal?
      O motivo de eles não recomendarem aditivada é comercial. Se o fabricante X passasse a recomendar gasolina aditivada porque as motos rodariam bem melhor, e o fabricante Y continuasse indicando gasolina comum, o fabricante X perderia mercado porque a moto dele "não poderia" usar gasolina aditivada enquanto a moto do fabricante Y poderia.
      Além disso, enquanto você continuar usando gasolina comum, você continuará voltando na concessionária para tentar resolver problemas de falta de desempenho e limpeza de carburador e bico injetor dos clientes cativos. É a minha opinião.
      Um abraço,
      Jeff

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    16. Parando pra pensar assim Questão(hue) é um bom motivo(como sempre) porque pra min o receio são as mangueiras, sei la dos aditivos dispersantes e detergentes causarem algum tipo de corrosão, mas você esta quase me convencendo kkkk

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    17. Não causam não, eles são feitos para isso. Única coisa que fazem é evitar a formação de goma no sistema de carburação/injeção. A matéria prima da carcaça dos motores atuais sempre será aço, alumínio, ferro fundido e bronze. E das mangueiras, borracha sintética à base de petróleo.
      Os aditivos da gasolina não afetam os metais nem a borracha sintética, cuja base também é petróleo — como a gasolina.
      Já o álcool é solvente de borracha... o fluido de freio é à base de álcool e a mangueira de freio precisa ser feita de borracha sintética especial resistente ao álcool.
      Ela é mais cara, então não há porque dezenas e dezenas de milhões de carros e motos fabricados em todo o mundo usarem componentes mais caros apenas porque o Brasil tolera essa alcoolina.
      Quando criaram o pro-álcool, essa necessidade de usar aditivos para combater a agressividade química e a corrosividade do álcool foi muito discutida. Motos nacionalizadas como as honda, yamaha e suzuki passaram a usar peças resistentes ao etanol.
      Mas importadores de motos chinesas como a dafra nunca tiveram esse cuidado e houve muitos casos de mangueiras de combustível apodrecendo e entupindo o carburador.
      Fique tranquilo que a agressividade química dos detergentes e dispersantes é bem inferior àquela do álcool, mas ninguém fala isso porque não interessa para ninguém. Qualquer problema que dê, você só poderá recorrer à assistência técnica dos fabricantes, e eles cobrarão por isso.
      Um abraço,
      Jeff

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    18. As mangueiras de combustível das custom, inclusive das Mirage, são exemplos clássicos de importação feita sem adaptação para nossa gasolina batizada que resultaram em problemas para todo mundo, resolvidas com vendas de peças de reposição e mais peças de reposição.
      E os clientes engolem a desculpa esfarrapada de que "moto é assim mesmo" dada nas próprias concessionárias...
      Até mais,
      Jeff

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    19. E lá vamos nos kkk dessa vez vou anotar tudo e se você quiser te passo os dados. Sempre me preocupei com os carvaozinhos(depósitos carboníferos), Já que estamos falando do assunto gasolina aditivada, podium, premium quais usar? diferenças? qual é melhor? em que bandeira eu obtenho a melhor?fora essas existe mais alguma que oferecem? desembucha questao kkkkk
      Eu fico de madruga porque esse é o meu horário de trabalho mas sempre que falo você responde, você não dorme?rs
      Qualquer coisa eu aguardo a resposta viu.

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    20. Ando com insônia... muita insônia.
      Estou apagando lá pelas 4 ou 5, não é raro lá pelas 7 ou 8 da manhã.
      E trabalho de dia, então ontem dormi cedo lá pelas 4 e agora são 8:37.
      Antes do aumento para 27,5% de álcool, a shell V-Power era sensivelmente melhor. Agora já não noto mais aquele desempenho vigoroso de antanho. Alguém ainda fala antanho?
      A ação da gasolina aditivada é progressiva, e a goma do carburador e o carvão da câmara de combustão começam a ser dissolvidos lentamente. É diferente daqueles aditivos vendidos para fazer uma limpeza do motor, que entram no motor em concentração muito mais elevada de uma vez só.
      Quando eu era criança nos anos 60, meu pai volta e meia fazia aplicava um "purgante" para descarbonização do motor, que consistia em fazer o motor funcionar por vários minutos jogando querosene no carburador justamente para o querosene atuar como solvente.
      Isso sim soltava todo o carvão de uma vez só, fazia uma fumaceira tremenda e espantava os mosquitos e todos na vizinhança.
      Aí sim o carvão liberado era em taxas altíssimas, crostas inteiras, mas como o motor trabalhava com alta aceleração ele já voava para o escapamento e o pó que passava para o cárter já era removido na troca do óleo do motor ao fim do processo. É um processo inaplicável em motores resfriados a ar porque exige alta rotação com a moto parada, não dá para remover o calor do motor. E eu não faria nem em motos a gasolina nem em carro nenhum nos dias de hoje quando existe a gasolina aditivada com diferença de preço entre ela e a comum tão pequena. Naquela época só existia gasolina comum e azul, que correspondia mais ou menos à BR podium, não dava para sustentar um carro com podium.
      Esse procedimento de purga era inconveniente, mas resolvia um problema muito mais grave de curto prazo evitando batida de pino (pré-ignição) por causa do excesso de carvão na câmara de combustão. Pré-ignição é muito grave e pode destruir um motor em minutos com a faísca ocorrendo antes do pistão subir completamente milhares de vezes por minuto.
      Quem faz a troca do óleo a cada 4 mil km pode ter motivo em se preocupar com a liberação do carvão pelo menos na primeira vez que usar gasolina aditivada, porque o pó de carvão removido irá para o óleo e ficará em suspensão no cárter. Já quem faz a troca de óleo mineral a cada 1000 km, o volume de carvão liberado durante essa quilometragem não chega a ser significativo.
      Um abraço,
      Jeff

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    21. Nossa hoje eu estou pregado também dormir nada e a noite ainda é uma criança qual é a diferença para essa "podium"? Acho que nem daria pra fazer que nem antes se eu não me engano querosene faz mal pra embreagem. Vou aproveitar pra compartilhar outro acontecimento sobre a Dona Honda aqui, hoje fui dar uma voltinha e de cara na primeira ligada a moto travou não acendeu nada(bateria nova o cara não apertou muito os conectores) quando fui abrir a tampa esquerda advinha? O conector ficou na base da moto e a tampa veio na minha mão ¬¬ simples assim só puxei e os dois se separaram, fiquei puto fui analisar pra ver se tinha algum jeito e descobri que o conector não é feito junto com a peça tipo ele é somente encaixado, saiu como se eu tivesse colado com super bonder deixou uma marca minima na peça, então conclui que foi na sacanagem mesmo uma peça que precisa puxar mas não pode puxar, não vou trocar vou fazer uma gambiarra linda mas não vou dar esse gostinho pra honda ate porque a peça esta zerada. Então Pessoal e Marcelo ao retirarem a tampa direita ou esquerda se atentem a pegadinha e não forcem a peça, com o indicador empurrem o conector pela parte de trás da borracha pra não dar merda.

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    22. Puxa, no tempo da honda com H não era assim não.... está parecendo moto chinesa... hehehe Sei porque tenho uma.
      O parafuso do conector da bateria é um daqueles que costumam se afrouxar com a vibração da moto, precisa ser verificado periodicamente. E não adianta dar um apertão, o polo da bateria é frágil, pode acontecer de se quebrar. Não pergunte como eu fiquei sabendo.
      E sobre dormir, a noite passada eu apaguei, acordei agora às 2.
      Da tarde.
      Ah, ia esquecendo: a podium tem octanagem mais alta, serve para motores de alto desempenho com alta taxa de compressão. Tipo Porsches e Ferraris e qualquer um que queira ver seu motor roncando bonito e pode bancar o custo. Para motos pequenas, não traz vantagem de desempenho significativa sobre a aditivada.
      Nunca coloque querosene no tanque de sua moto. O que vai pelo carburador não se mistura em proporção significativa com o óleo do motor, apenas o contamina. O óleo vai se contaminando progressivamente com o vapor de combustível que consegue passar através dos anéis do pistão, degradando o óleo (gasolina e álcool são solventes para o óleo lubrificante). Taí uma coisa que parece que os engenheiros se esquecem de considerar na hora de recomendar o período de troca do óleo, estabelecem quilometragens teóricas com base em tabelas. Será que não fazem mais testes práticos, ou estão mais condescendentes com o desgaste dos motores?
      Um abraço,
      Jeff

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    23. foi mal pela demora... arrumei o negocio com super bonder em gel ficou show, valew pela dica nunca havia acontecido do parafuso se desconectar pela vibração vou começar a olhar quando estiver dando aquela lavada nela. Eu já estou abastecendo com aditivada vamos ver se vai dar algo na próxima troca de óleo, Sobre a querosene não sei aonde li que o Marcelo havia feito uma limpeza com ela. Também acho que estamos na era das planilhas, hoje ninguém testa mais nada é tipo o jeitinho microsoft de se fazer as coisas.
      obrigado pelas dicas
      abraços

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    24. Tampa lateral nova na concessionária: Inacreditável
      Tampa lateral paralela no mercado: 35 reais
      Superbonder em gel: 15 reais
      A satisfação de resolver o problema com criatividade e as próprias mãos, e ainda ter superbonder em casa para outros usos: Não tem preço.
      Um abraço,
      Jeff

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    25. antes fosse assim tao caro kkkk paguei R$2,50 num tubo médio do liquido normal e vinha de brinde um em gel rs e o danado ainda sobrou, ate dei um jeitinho na perninha do óculos kkkkk

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    26. Hahahahaha!!!
      Melhor ainda!
      Te contei como resolvi o problema da pedaleira? Ou eu consertava, ou a pedaleira ia continuar se fechando sozinha, me deixando com o pé no ar a cada parada...
      Molinha não é vendida avulsa, eu teria de comprar uma pedaleira nova na concessionária, não existe similar.
      Imobilizei a pedaleira usando um parafuso com bucha plástica daquelas de pendurar quadro na parede.... está oculta e ninguém vê. Hehehe...
      Um abraço,
      Jeff

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  6. olha isso oque vc acha sobre oque ele disse ??
    https://www.youtube.com/watch?v=PVbSLuzzx_k

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    1. Vou comprar minha segunda treta...
      Só não faço uma postagem agora porque entrou trabalho e vou ficar ocupado por um tempo.
      O rapaz repete tudo aquilo que as montadoras falam, nenhuma recomenda óleo mais viscoso e em princípio não se deve usar óleo mais viscoso do que o recomendado, a menos que você tenha condições de detectar que tem alguma coisa errada com o funcionamento do seu motor, ainda mais se ele se dava muito bem com o 20W-50 e de um dia para o outro o fabricante muda as especificações fazendo o contrário do que recomendava há 15 anos...
      A honda recomendar no Brasil um óleo 0W-20, viscosidade adequada para uso em temperaturas entre 40 graus NEGATIVOS e apenas 15 graus POSITIVOS quando a temperatura no verão por aqui chega fácil aos 40 graus acima de zero, asfalto embaixo do motor na casa dos 60 graus, é algo que não consigo aceitar de jeito nenhum.
      Óleo mais viscoso não elimina desgaste. No entanto, preenche melhor as folgas aumentadas pelo desgaste, proporcionando uma "almofada" mais resistente para as peças em atrito. E falo isso por vivência, uso óleo 25W-60 no motor da minha moto já tem uns dois anos, e usei no motor do Chevette por um bom tempo antes de eu mesmo desmontar e encaminhar para a retífica. Dizer que usam esse óleo em competição, só se for um cara muito burro para competir com um óleo desses, porque quem é do ramo sabe que motor de competição usa óleo o menos viscoso possível para não perder desempenho por atrito viscoso. Quem corre não está preocupado com a vida útil do motor, está preocupado em ganhar a corrida, não importa se o motor irá durar uma única prova.
      Vou continuar usando óleo 25W-60 até chegar a hora inevitável de retificar o motor da Jezebel. Se eu fosse pelo conselho dele, já precisaria ter feito isso há dois anos.
      E só para esclarecer para quem estranhar eu já estar pensando em retífica, Jezebel está com quase 100 mil km e poderia chegar a muito mais, se o motor não tivesse trabalhado por milhares de quilômetros com um filtro de ar original com defeito que permitiu a entrada livre de poeira, culpa da dafra, fiz até uma postagem sobre isso.
      Um abraço,
      Jeff

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    2. 0W-20 é o óleo que a honda está recomendando para os carros dela.
      Um abraço,
      Jeff

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    3. oi jeff, parabens pelo seu blog! tenho uma ybr ed ano 2004. comprei zero kilometro na concessionaria yamaha. hoje ela esta com 171000 km. comecei a usar o castrol 20w40 ou 50 se nao me engano.ja usei diversos oleos minerais.a partir de 2006 comecei a usar oleo semissintetico. sempre fiz a troca com 1000kl, AGORA NUNCA VERIFIQUEI O NIVEL DO OLEO. TOSAS AS REVISOES FEITAS DE 3000 A 3000KL ATE HOJE.A MOTO ESTA COM 171000KL ORIGINAIS, SO FIZ A PARTE DE CIMA QUANDO A MESMA ESTAVA COM 82000KL, POIS FUI ENGANADO POR UM MECANICO. ENTAO PRATICAMENTE ESTA ORIGINAL E FUNCIONANDO MUITO BEM . DEVO COLOCAR 25W60 ? DESDE JA AGRADECO PELA ATENCAO. UM FORTE ABRACO!

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    4. Olá, Roberto!
      Motor yamaha é beneficiado pelo revestimento de nikasil e um bom óleo 20W-50. Suas trocas de mil em mil contribuíram para essa alta quilometragem. O mesmo não acontece com hondas e outras marcas, ainda mais usando óleo fino.
      Os motivos para passar a usar 25W-60 são motor rajando e consumo excessivo de óleo 20W-50. Se for pensar apenas em termos de quilometragem, seria hora de começar a usar um óleo mais viscoso.Não é uma questão de dever, mas de poder. Cada um faz o que acha melhor para o motor da sua moto.
      Um abraço,
      Jeff

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  7. Olá Jeff, tenho uma Titan 150 2014 e estou usando o Yamalube 10w40 e coloco 1,2 litro... Qual sua opinião sobre esse óleo?

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    1. Olá, Fabio!
      O Yamalube mineral 20W-50 eu conheço, é um óleo muito bom.
      O 10W-40 é semissintético, eu nunca usei, mas certamente é uma alternativa melhor do que o semissintético 10W-30, deve demorar um pouco mais para abaixar de nível no cárter.
      Colocar a quantidade suficiente para manter o nível correto, como você está fazendo, é a melhor coisa para seu motor.
      10W-40 é uma viscosidade que eu só usaria relativamente tranquilo em motores com arrefecimento líquido, e ainda assim se não tivesse a alternativa de usar o 20W-50.
      Mas você está em melhor condição de avaliar do que eu. O seu motor ficou mais silencioso e está funcionado melhor do que antes?
      É a melhor maneira de avaliar se o óleo está fazendo bem ou não para o seu motor.
      Um abraço,
      Jeff

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    2. acho que tudo deve ser testado, anda um pouquinho com esse depois tenta o 20w50, se tiver condições tenta outras marcas o importante é se atentar aos cuidados tenho certeza que assim em breve você estará feliz e satisfeito com o óleo que você escolheu

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  8. Jeff,tô enchendo o saco do pessoal do Youtube com o seu blog!!
    Mas tem gente que diz que os novos motores têm galerias mais finas mesmo,que viram na concessionária.
    Vamos ver se mostram aqui pra gente ver também.
    Abraço,man!!

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    1. Obrigado, Pedra!
      A comprovação de que eles rea,mente adotaram galerias mais finas provaria duas coisas:
      A intenção deliberada de reduzir o resfriamento do cabeçote e peças mais exigidas do motor;
      O fato de que desaprenderam a projetar motores depois que o senhor Soichiro deixou este mundo.
      Lembrando, as folgas entre as peças de atrito continuam medidas na casa dos centésimos de milímetro e o óleo 20W-50 sempre circulou por ali.
      As galerias são medidas em milímetros e mesmo que fossem ou tenham sido reduzidas em absurdos 80%, continuariam sendo medidas em milímetros e continuaria chegando sob pressão até os mancais. Apenas não chegaria em quantidade suficiente para resfriar os componentes, resultando em falhas como desgaste precoce e trinca de cabeçote... ops.
      A informação de que as galerias foi reduzida é bastante comentada; se for realmente verdadeira, aposto contigo que os novos motores 160, 190 e 250 da nova Twister tiveram as galerias aumentadas em relação ao desastre que foi a geração anterior.
      Um abraço,
      Jeff

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  9. Cara valeu por responder.Só que voce não vai achar este nick nos vídeos do Youtube.Lá eu uso outro pseudônimo!
    Aqui tive que inventar outro,chegaram até a apagar meu comentário,porque postei o link da esperteza das concessionárias!!Aí eu fui lá e postei de novo! hahaha
    resultado; os caras pararam as postagens!!!!!
    Sim,isso mesmo! Pararam de postar,inclusive um deles é chefe da oficina Yamaha!! O cinismo é tanto que preferem sair do Youtube do ser desmascarados!
    aquele abraço!!

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    1. Obrigado por essa informação, Pedra!
      Quando encontro coisas que uso para postagens eu faço um print da página porque sei que depois alguém vai acabar tirando daquele site. Já tenho alguns na coleção. Cinismo é uma boa palavra para definir muita coisa feita por aí. A honda modificou o manual ensinando a fazer a troca com todos os detalhes, sem mencionar que a medição a quente dará um resultado enganoso, portanto precisará ser refeito no dia seguinte pela manhã. E continua recomendando uma quantidade insuficiente.
      Um abraço,
      Jeff

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  10. Olá boa-tarde fiquei muito feliz em ler e ter a oportunidade de aprender mais e sobre preciosas linhas escritas por vc. Procurava a tempos por isso!! Enfim comprei uma moto Honda hornet 2012 fiquei apaixonado porela mais a princípio alguns dias com ela comecei a notar um tec tec que me incomodava. Comecei então a conversar com meus amigos aqui de Nova Friburgo que tem moto a bastante tempo mais cada um tinha uma opinião diferente,foi aí que procurei a concessionária Honda aqui da minha cidade e eles me disseram pra seguir o manual da moto usei esse óleo 10w30 mais o incômodo persistiu insatisfeito comecei a procurar uma solução na Internet e pra solução do meu problema o que me incomodava desapareceu após enfim encontrar o seu blog Jeff. Coloquei esse óleo 15w50 da motul puts tô muito feliz isso tem 4 dias e a moto está suave funcionando muito bem, queria te perguntar uma coisa pra minha moto eu posso colocar o motul 100% sintético ou mantenho o 15w50 semi-intensiva, será que o sintético vai proteger o motor cambio e embreagem? Abraços gerson

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    1. Olá, Chaid! Obrigado!
      Precisa ser um óleo sintético formulado para motos. Como a embreagem é em banho de óleo, um sintético para uso em carros a tornaria excessivamente escorregadia e causaria a patinagem da embreagem, após contaminação aí só desmontando e trocando os discos. E cuidado na hora de trocar de um tipo para outro, existe o risco de reação química entre eles, o ideal é adotar um tipo que esteja satisfatório e não mudar mais. Se mudar, lave o cárter internamente com o novo óleo e passe a usar o novo tipo por muito tempo, toda vez que mudar de tipo (mineral, semissintético, sintético) é conveniente lavar internamente o cárter com o novo óleo e abastecer com óleo novo.
      Um abraço,
      Jeff

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  11. Sempre usei na minha Titan 150 2004/2005 o Lubrax 20w50 essencial GP, e ela já está com 136.080 km, exceção nas trocas de 1000 e 4000 que foram feitas na concessionaria e usaram mobil, acredito que esse motor ainda vai longe, até hoje só foi feita troca da junta do cabeçote e da tampa de válvula e os retentores das mesmas. O resto esta como original. Com uns 80.000 km ela começou a fumar na hora da partida pela manhã os "mecânicos" disseram que tinha que fazer o motor, mas pela lógica o óleo não ia subir para o cilindro durante a noite, e insisti em trocar os retentores das válvulas e resultado foi que parou de queimar óleo na primeira partida. Agora estou pensando em começar a usar um óleo mais viscoso devido ao desgaste natural que deve estar existindo.

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    1. Olá, Luiz Antonio!

      Uso o shell Alta Quilometragem 25W-60.

      Nessa viscosidade também tem o Castrol GTX Alta Quilometragem.

      Os dois são para carros, mas uso há anos e a embreagem e todo o resto estão 100% normais.

      Um abraço,

      Jeff

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  12. Muito esclarecedora suas colocações. Existe óleo 20w50 sintetico?

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    1. Olá, Franklin!
      Obrigado!
      Se não me engano, sintético só 15W-50, que para nós é a mesma coisa, já que a viscosidade de inverno só é relevante em temperaturas de zero grau celsius. E no caso da viscosidade W, quanto menor, melhor para a partida a frio. O complicado é a viscosidade a quente, que é o oposto, quanto maior, mais protegido o motor em alta temperatura.
      Um abraço,
      Jeff

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  13. Show!!!! Adquirir recentemente Suzuki yes 125. No.manual fala usar 20w50 óleo. Qual marca melhor??

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  14. Agradeço as informações aqui passadas pois tenho uma cg 150 2012 e só uso o yamalube 20w50 e com mais de 200 mil rodado fuma esporadicamente kkkk. Agora que vou trocar por uma cg 160 a qual recomenda-se o oleo 10w30 mas que vou utilizar o 15w50 apos varias pesquisas e chegar a este blog eu zerei praticamente minhas duvidas sobre o uso e especificações de oleo e qual melhor me atende para meu uso. Obrigado Jeff por compartilhar do seus conhecimentos.

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    1. Obrigado, divino95!

      Fico feliz que o blog tenha sido útil! E parabéns pela boa conservação de sua moto!

      O pessoal roda apenas 70 mil km e já precisa fazer retífica, e todo mundo acha que isso é normal...

      Dá para fazer muito mais, como você prova.

      Um abraço,
      Jeff

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  15. Tenho uma galo ano 80, graças ao seu post colocarei 20w50 sem medo. Obrigado!

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    1. Olá, leitor!
      Te disseram para usar 10W-30? Que maldade com a motoca!
      O 20W-50 sempre foi o óleo recomendado para esse motor...
      Um abraço,
      Jeff

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  16. Boa noite Jeff, tenho uma galo ano 80, agora sei que o 20W50 vou usar sem medo, e qual marca recomenda?

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    1. Olá, Wilson!
      Sendo óleo de boa qualidade, pode usar a marca de sua preferência, é só não descuidar do nível.
      Gosto de Motul 3000, Yamalube (Havoline) e Lubrax, atualmente uso shell Alta Quilometragem ou castrol Alta Quilometragem porque o motor anda cansado, passou dos 100 mil km.

      Poderia ter durado mais, mas a dafra me vendeu um filtro de ar com o elemento de papel descolado, simplesmente deixou entrar toda a poeira para dentro do motor por mais de 10 mil km... só descobri na hora da troca. Thanks, dafra.

      Um abraço,
      Jeff

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