terça-feira, 30 de abril de 2013

Espelhos e sombras

Vindo para a cidade por volta das 17 horas para um compromisso importante (café na padoca), peguei o sol baixo no horizonte (aqui no sul o sol permanece baixo no horizonte por mais tempo do que no restante do Brasil, culpa da inclinação do eixo da Terra... ou da Terra redonda... paralelo 27... sei lá).

Minha rua é longa e fica alinhada com o pôr do sol, então era impossível ver qualquer coisa pelo retrovisor esquerdo...

Ao entrar, pude ver um carro se aproximando, e como eu estava esquentando a moto (tema de futura postagem), sem pressa, me mantive à direita e sinalizei para que ele passasse.

Quando fui voltar para o meio da rua, não pude olhar para o espelho, mas graças ao sol baixo, percebi a sombra de uma bicicleta... me ultrapassando.





Imagem: http://carlh.com/2012/04/bike-safely-and-cast-a-long-shadow/
PS: Alterei a imagem original, aparentemente o autor não a quis ver sendo reproduzida neste blog. Uma pena, porque ele tinha boas fotos que mereciam ser vistas. Então agora a foto é desse outro blog, que fala sobre segurança de bicicletas, tudo a ver com o nosso tema.

Impensável, né? 


O rapaz acho que estava apostando corrida com o carro (sei lá). Devia estar a mais de 40 km/h, pedalando tudo que podia.


Como a bicicleta é silenciosa, eu teria entrado na frente dela se não fosse a sombra alongada. 


Então fica a dica, em horários de sol baixo, ficar atento às sombras pode ser muito útil para visualizar o trânsito em situações complicadas. 


Por exemplo, numa fila, elas servem para avaliar se há outros veículos à frente daquele que pretendemos ultrapassar.

Esta imagem foi obtida instantes antes de a moto e o veículo colidirem:

Imagem: Vídeo do youtube https://www.youtube.com/watch?v=BwIieaqPlRY começando aos 2:25 minutos.

Se o motociclista estivesse atento ao seu espelho, à sombra no chão e à demarcação de faixas do asfalto, perceberia a proximidade do carro e evitaria o acidente.

Vi essa dica no site Dicas de Pilotagem e nunca mais esqueci.


Já usei algumas vezes na estrada, arriscar uma ultrapassagem sem saber se há espaço para se encaixar lá na frente pode te colocar numa situação arriscada.

Taí um recurso legal e que pode evitar grandes encrencas. 

Um abraço,

Jeff

domingo, 28 de abril de 2013

A minha moto vive com problema na bateria

Este foi o título de uma busca feita pelo google que trouxe alguém para este blog.



Baterias podem ser um problema... ou a solução.


Moto movida a baterias: http://www.treehugger.com/cars/lightning-lithium-superbike-no-emissions.html

Achei a pergunta interessante, então dou aqui algumas sugestões do que pode estar acontecendo nesse caso.


Uma bateria faz uma reação química para gerar eletricidade. Essa capacidade de trabalho diminui com o tempo, então depois de um ou dois anos ela começa a dar sinais de que logo precisará de substituição. 

Normalmente a vida útil de uma bateria é de uns 3 anos, mais ou menos.


Mas se a bateria é nova e está dando problemas, lembro de três motivos para ela se descarregar com frequência:


1) Você pode estar exigindo energia demais dela, por exemplo: 

- Mantendo o farol ligado com o motor desligado. 

- Acionando a partida elétrica com o farol ligado (em algumas motos não tem como deixar de fazer isso, é original de fábrica) 

- Acionando a partida elétrica enquanto pressiona o manete do freio (a luz de freio é potente, 21 watts, mais que a metade do farol em alguns casos).

- Acionando a partida elétrica sem pressionar o manete da embreagem. Isso alivia o esforço que o motorzinho de partida tem de fazer e reduz o consumo da bateria.

- Você usa a partida elétrica por períodos prolongados? Regule a marcha lenta de sua moto um pouco mais acelerada para facilitar a partida, ou passe a usar o afogador. Ele está lá para ser usado, sua finalidade é justamente facilitar a partida (e economizar bateria).

- Você usa a partida elétrica várias vezes em seguida, tipo antes de abrir e depois de fechar o portão? Experimente mudar hábitos para economizar uma dessas partidas.


2) Ela não está recebendo carga suficiente para compensar o que é gasto.

- Você instalou algum dispositivo não original, como faróis auxiliares ou alarme antifurto? Esses itens geralmente não são previstos no projeto e o sistema elétrico não tem reserva para compensar o seu uso.

- O alternador/ou o regulador/retificador não está(ão) enviando energia como deveriam. Nesse caso o principal suspeito é o regulador/retificador, é um componente muito exigido e tende a ter vida útil curta. Felizmente, não é caro.

- Você faz apenas trajetos curtos com a moto, tipo de casa ao trabalho não chega a 10 km? Dependendo das condições do trânsito, uma distância como essa pode ser insuficiente para repor a energia gasta durante a partida.


3) Algo pode estar roubando a energia com a moto desligada.

- Pode ser um pequeno curto-circuito (um fio descascado em contato com o chassi ou sujeira nos contatos do interruptor de ignição). Se a área de passagem da eletricidade for muito pequena, a corrente elétrica não será suficiente para queimar o fusível). 

- Experimente passar a desligar o interruptor de emergência durante a noite. Interromper o circuito da ignição pode ajudar.

- Coloque um tapete de borracha embaixo do cavalete da moto no local onde ela passa a noite. Isso minimiza a fuga à terra (mas não elimina a fuga para o chassi).

Se nada disso ajudar, talvez seja mesmo necessário substituir a bateria.

Um abraço,

Jeff
ATENÇÃO:
Conferir o óleo apenas tirando a vareta é errado e está destruindo seu motor! Os fabricantes divulgam informações contraditórias e o prejudicado é você. Veja a denúncia neste link.

sábado, 27 de abril de 2013

Dize-me com quem andas....


Imagem: http://joyreactor.com/8

Dize-me com quem andas.... e eu te direi quem és.

Amigos idiotas, fuja deles.

Pode acabar sobrando pra você.

Um abraço,

Jeff

sexta-feira, 26 de abril de 2013

Visão Periférica

Visão periférica é aquela que nos permite visualizar coisas se aproximando de nós, sem necessidade de focalizar a imagem.


Imagem: http://joyreactor.com/

É muito útil para descobrir ameaças se aproximando, como ursos das cavernas (isso era muito antigamente), bisões enraivecidos ou veículos mudando de faixa ao nosso lado.

E hoje tenho que agradecer a essa capacidade desenvolvida por nossos ancestrais (aqueles que sobreviveram aos ursos), porque isso me salvou a vida de novo, e duas vezes na mesma tarde.

Na primeira quase colisão, mudei da faixa esquerda para a faixa central no mesmo instante que um caminhão de entregas saiu da faixa da direita, também para a central.

Só vi a lateral do caminhão se aproximando e fui saindo junto, ficamos os dois dividindo a mesma faixa, do lado aquelas malditas tartarugas ou tachões, queime no inferno o engenheirozinho de trânsito filho de chocadeira que achou que aquilo melhora a segurança do trânsito. 

Ele devia andar de moto para descobrir algumas verdades sobre a mãe dele.

A minha sorte é que o caminhão era um daqueles chinesinhos estreitinhos, porque se fosse um mercedinho, eu não estaria aqui contando a história.

A segunda quase colisão foi com um furgãozinho que resolveu fazer uma conversão à esquerda. Proibida. Ele achou que não haveria problema em fazer o retorno 50 metros antes do retorno. 

Mas tinha eu, né?

Só deu tempo de cravar freio e buzinar desviando, fiquei esperando o impacto, só não batemos porque a visão periférica dele (junto com a audição periférica) fizeram ele parar.

Viva a visão periférica!

(E pensar que tem gente que usa aqueles óculos de hastes largas porque é moda....)

quinta-feira, 11 de abril de 2013

Explicando a postagem anterior

Imagem: http://www.digitalbusstop.com/bizarre-craigslist-advertisements/drunk-clown

Bom, talvez você não tenha entendido alguma coisa do que postei na mensagem anterior, mas confesso que nem eu entendi.

Resumindo, aproveitei que estava a pé (minha moto passou a noite na oficina — nada de grave, felizmente), e o trabalho não estava pegando, então fui tomar umas duas cervejas no boteco com vista para a avenida.


E durante essa pausa refrescante, ocorreu o atropelamento da menina bem à minha frente.


Corri até lá e ajudei no que pude, mas confesso que um pouco mais sóbrio talvez pudesse ter ajudado melhor.


Por que postei o texto sem corrigir os erros de digitação?


Porque a intenção original era mostrar como um pouco de álcool prejudica o raciocínio.


O texto não foi escrito com erros intencionais; simplesmente não corrigi o que os dedos escreveram sob a falta de comando apropriado do cérebro.


O resultado foi esse desastre que vocês leram, e isso com apenas 1,2 litro de cerveja.


Muita gente acha que uma dosagem dessas não tira seus reflexos para dirigir ou pilotar uma moto.


Experimente fazer esse teste:


Quando não estiver dirigindo nem pilotando, beba uma dose que você acha que não afetará seus reflexos e tente digitar um texto despreocupadamente.


Nada como se surpreender com o quanto uma pequena dose de álcool é capaz de atrapalhar sua concentração.


E para quem pilota, uma reação rápida, uma decisão correta no momento exato podem ser a diferença entre a vida e a morte.


Pense nisso antes de beber. E nunca pilote depois de beber.


Além de ser proibido, da multa altíssima, da perda de pontos e apreensão da carteira, você poderá estar se colocando em risco, ou a vida de sua garupa, ou de algum outro pedestre ou mesmo motorista.


Tem coisas que não valem mesmo a pena.


Um abraço,


Jeff

segunda-feira, 8 de abril de 2013

Comentários etílicos

Escrevo testas páginas sob a influencia daquela maldigtac combhina~~ao de malte e água benta que é o amaaior iniigimgo de todos os osmotocokcilstas do brasile ep or1ue não dizer, do mondo.

O fdatpe [e qiue Jexzebel foi par a o a oficicna e e está entre a vida e a morte aaa espera de uma bare abertyura de motor para ve r se oeixo do câmbiuo foi quebhrado no acidente de ontem.

Então aprovovietie parajá que não etou pilootnaodo, afogar minhas  agigos mágoas no bar do Smposon aquie na cidade (não sei porque nã9 se chama bar do <oe Moe_);

Estavba eu olandho a paisagem, contemplçando a vbeklezea de o p-essoal repseitar a faixa de pdesstressss, todo mundo p´-arando uadno alguém atrafesssa a afaixa, quando9 um motoristas não nviui a mnenina pasanso e atropelouy=-a;

Corri lá e parei o cara, e falei para a aminieina (linda cateraninesnsezinha de uns 13 ou 14 anos, sem pensamentos maldosos incluídos, que ela tinha direitio0 a reigistrare queixa e bvuscasr seus direitosw, afinela  ela tinha sito satropelada na faixa.

Felixmente o acidente foi de mebnor gravidade, tiopo ela sentou no capõ e caiuui no chão, então não deve ter mesmok se machuccados.

Mas o moreotisaits motoristas sse desculpou dizndo que tinhas se destraído com uma moto que pasoy na frente demle.

Falei praelee, poxa,n[ops m´potosquei9ross somos culppasdos de utod de errado ue acobntece?

e ele falou , mas eu tamb´pem sou motoqueioro.

Etass, classe sdesounindas esa dos motoqueirososdd.

Mas provowenti aprovieto para excrever stes texto para mostrar o quqe acontece quando se bebe duas cervejqaas.,

Nncda bebva e pilote, voc}e stá r[=a brincando com aa morten, *só bebi peroque n~]ao estou pilotando.,

Um abrçawo,.

Jeff

sábado, 6 de abril de 2013

A hora em que a vaca vai para o brejo (2)

Fonte: http://diariocatarinense.clicrbs.com.br/sc/geral/noticia/2013/01/leao-baio-e-flagrado-andando-tranquilamente-na-serra-catarinense-4021218.html

Eu já tinha subido a serra pela BR-282, que é caminho para Urubici/São Joaquim/Serra do Rio do Rastro, uma das melhores estradas do mundo para se rodar de moto, mas não tinha ido muito longe porque começou a chover e eu ia acabar terminando o percurso à noite, o que não é recomendável.

Mas ontem à noite hoje de madrugada desisti de tentar dormir com a serenata dos meus vizinhos queridos (longe), então Jezebel me convidou para um passeio.

E lá fomos nós por esta estradinha linda acima, três e meia da manhã, estrada praticamente só para nós, quando chegamos numa curva maravilhosa e demos de cara com um representante da fauna local.

Não foi um leão-baio (como é chamada nesta região a suçuarana, onça parda ou puma vista recentemente na fota acima — aliás, na mesma estrada).

Mas era uma raposa um cachorro-do-mato ou graxaim, que infelizmente tinha acabado de ser atropelado e estava estendido bem no meio da pista. 

Carros e caminhões talvez passassem apenas pelo susto, mas poderiam tentar desviar e perder o controle.

Como ele estava bem no meio da pista, essa situação é muito mais perigosa para uma moto.

Bom, o fato é que parar para remover o corpo do pobre raposinha graxainzinho e talvez salvar alguém de um tombo feio pode ter salvado minha vida.

Consegui desviar com um belo susto, até aí o normal para a situação. 

No entanto, ao tentar manobrar para retornar ao local do atropelamento, percebi que eu não tinha domínio da moto.

Quase caí ao fazer o retorno em baixa velocidade; acabei ficando atravessado por alguns instantes na rodovia, tentando juntar forças para não deixar a moto cair e tirá-la dali, pernão para um lado e a moto pro outro.

O que aconteceu foi que eu havia ficado entorpecido pelo frio da serra, sem perceber. 

Enquanto pilotava em alta velocidade, a moto se equilibrava sozinha, tudo ia muito bem.

Mas ao diminuir e precisar de maior domínio sobre a moto, eu simplesmente não tinha força suficiente. Remover o animal da pista foi mais difícil do que parecia a princípio.

Esse entorpecimento causado pelo frio é extremamente perigoso. Já havia acontecido comigo há uns muitos anos, ao parar no semáforo não sentia o chão e quase dei de cara com ele.

Como seguir em frente ia me levar para regiões ainda mais frias, aproveitei para contemplar o céu onde a única nuvem era formada por estrelas, recuperei um pouco das forças e voltei até um posto localizado uns 20 km antes, onde me aqueci e pude retomar a jornada para casa.

Só que esses 20 km foram de um sacrifício impensado, a moto parecia reagir de maneira estranha, parei duas vezes para ter certeza de que os pneus não estavam furados.

O problema não estava em Jezebel, e sim na minha preparação inadequada para a viagem (e nos meus vizinhos).

A morte da raposinha do graxainzinho salvou minha vida. (Já meus vizinhos, esses quase me matam todos os dias... mas já arranjei um lugar sossegado para morar, semana que vem estou livre deles).

Há malas que vêm para bem.

Um abraço, 

Jeff