quarta-feira, 31 de outubro de 2012

Um simples retorno

Um simples retorno em local proibido, que problema pode haver?



Fonte: http://g1.globo.com/sp/bauru-marilia/noticia/2012/10/camera-registra-acidente-entre-motociclistas-em-botucatu-sp.html

Neste acidente, o rapaz de preto arriscou e fez um retorno em local proibido.

Entrou na frente do motociclista de branco e as motos se chocaram.

O rapaz de preto foi arremessado contra o poste e não sobreviveu.

Mais um jovem que achou que não havia problema em fazer um simples retorno em local proibido.

Mais um brasileiro vítima do despreparo para enfrentar o trânsito. 

Não caia nessa.

Obedeça às leis de trânsito e tenha uma vida longa e próspera.

Um abraço,

Jeff
ATENÇÃO:
Conferir o óleo apenas tirando a vareta é errado e está destruindo seu motor! Os fabricantes divulgam informações contraditórias e o prejudicado é você. Veja a denúncia neste link.

Fuja das encrencas!

Um sexto sentido que você precisa desenvolver é aquele que te permite farejar encrencas à distância.

Veja este vídeoele foi feito na Inglaterra, o trânsito flui ao contrário porque lá o pessoal se mantém à esquerda. (tem som)




A lição que tiramos aqui é a seguinte:
Ao ver lá na frente uma situação anormal, desconfie e não se jogue na cova dos leões. 
O caminhão parado na transversal tentava entrar na pista, e o caminhão parado na pista estava tentando uma conversão à direita dele (o que seria equivalente para nós a uma conversão à esquerda).

O motorista havia olhado para frente e a moto ainda não tinha aparecido. 

A preocupação dele era com o fluxo de trânsito que ele ia cortar e o outro caminhão.
O motorista já estava numa situação tensa, não é fácil dirigir um caminhão desses.
O motociclista chegou numa situação que já estava se desenrolando sem levar em conta que ele era um personagem novo que ainda não havia sido considerado pelos motoristas.
Havia duas chances de a moto não ser vista. 
Mesmo assim, o motociclista se lançou direto na armadilha. 


Lembra da dica anterior? Armadilhas do Trânsito III, essa que foi postada logo aí embaixo?
Pois é. 

Um carro (ou um caminhão) parado no meio da rua (ou estrada) está tentando fazer uma conversão.
O motorista do caminhão errou? Certamente.

Mas quem saiu prejudicado e poderia ter passado dessa para pior foi o motociclista.
Espero que o vídeo sirva de lição para que você não repita o erro daquele motociclista.
A propósito, ele se recuperou do acidente e foi ele mesmo quem postou e pediu que o vídeo servisse de exemplo.
Um abraço,
Jeff

terça-feira, 30 de outubro de 2012

Armadilhas do Trânsito – Parte III

Esta é uma armadilha muito comum:



Tão comum que logo abaixo havia um comentário:


What the hell is the deal with Brazil? Why are there videos like this EVERY DAY?


Em bom português:


O que acontece com o Brasil? Por que há vídeos como esse TODOS OS DIAS?


Bom, esse tipo de acidente não é exclusividade nossa.


Mas há realmente algo de muito errado com nosso trânsito, isso não tem como negar.


E o principal problema é a nossa mania de achar que Deus é brasileiro. Ele não é não.


Esse tipo de acidente ocorre por um motivo universal, é difícil visualizar objetos que se aproximam em linha reta.


Ainda mais veículos pequenos como uma motocicleta.

Mas como o motociclista pode evitar esse tipo de armadilha?

Regras básicas:


  • Desconfie de carros parados no meio da rua.
  • Nunca confie que o motorista esteja te vendo.

Carro parado no meio da rua indica a intenção de entrar em uma garagem à esquerda. 

É um momento no qual o motorista está distraído, pensando na manobra ou no que irá fazer ao chegar ao seu destino.


É muito comum esquecer de dar seta, ainda mais em ruas de pouco movimento. 

Se o motorista não te viu (e as chances são grandes), ele tanto poderá entrar na sua frente (como no vídeo) como poderá derrubá-lo se você tentar ultrapassá-lo (as chances de ele não vê-lo pelo retrovisor são ainda maiores).


Então, duas, quer dizer, três dicas:



  • Buzine, mesmo que o motorista tenha olhado em sua direção.
  • Não pilote em velocidades acima da recomendada para ruas secundárias onde esse tipo de acidente é mais comum.
  • Reduza a velocidade e esteja pronto para frear ou desviar.
Um abraço,

Jeff

ATENÇÃO:
Conferir o óleo apenas tirando a vareta é errado e está destruindo seu motor! Os fabricantes divulgam informações contraditórias e o prejudicado é você. Veja a denúncia neste link.

segunda-feira, 29 de outubro de 2012

Pilotagem com Garupa – Parte III



Isso é muito importante:

Caso sejam reguláveis, não se esqueça de regular os amortecedores traseiros para a altura máxima, além de ajustar o braço do freio.


Toda moto com freio traseiro a tambor usando vareta de acionamento tem de ser ajustado quando se vai andar com garupa.

O motivo é que a suspensão cede com o peso a mais, e a vareta fica mais tensionada, deixando o pedal do freio mais alto.


Se o ajuste do freio e da suspensão não for corrigido para a nova situação, as lonas das sapatas do freio traseiro ficarão atritando no tambor como se você estivesse freando o tempo todo. Além disso, o pneu traseiro poderá raspar no para-lama, ajudando a frear a moto. 

Isso prejudicará o desempenho da moto, exigindo mais do motor, e o cubo da roda traseira irá superaquecer, podendo chegar a travar a roda. 

Ao passar por uma lombada, a moto poderá frear repentinamente, levando vocês dois para o chão. 


O procedimento é muito simples, não é necessário usar ferramentas, pode ser feita com a mão mesmo. 

Basta empurrar o braço do freio traseiro para frente com uma das mãos para aliviar a força da mola enquanto com a outra mão você gira a porca de ajuste para afrouxar (quando for andar com garupa) ou para apertar (quando for andar sozinho).


A porca tem um rebaixo para se encaixar na articulação do braço do freio e sempre deverá ficar na posição bem encaixada.


E quando voltar a pilotar sozinho, não se esqueça de retornar as regulagens do freio e da suspensão, senão o pedal do freio ficará muito baixo e prejudicará sua frenagem. 

Um abraço,

Jeff

domingo, 28 de outubro de 2012

Minha moto não funciona!!!! - Parte II

Hoje voltando para casa encontrei um motociclista que tinha acabado de se levantar de um tombo.

Nada grave, ele havia cometido um erro, já estava de pé e tentava fazer a moto funcionar.

Insistia em dar partida, e a moto nem dava sinal. 

Fizemos uma verificação básica e lá estava o culpado:


Com o tombo, o conector do cabo da vela (o popular cachimbo) havia se soltado da vela de ignição.

Isso é muito comum de acontecer em motos titan, cg. (minha primeira moto era uma cg, isso vivia acontecendo).


E pelo que vi hoje, continua a acontecer.

Um esbarrão no cabo com o pé, na tentativa de dar partida, já é o suficiente para o conector se soltar, e aí não tem faísca.

Insistir em tentar dar partida só jogará gasolina para dentro do motor, que afogará.

Então, uma das coisas a serem verificadas no caso de a moto não dar partida, é justamente esse conector.

Ele pode apenas se soltar da vela, aí é só encaixar de novo.

Mas o cabo pode se soltar do conector. Don't panic!!

Nesse caso, é só reinstalar o conector girando-o no cabo como se fosse uma porca no parafuso. 

Você conseguirá rodar com a moto até providenciar um cabo novo que não te deixe na mão.

Um abraço,

Jeff 
ATENÇÃO:
Conferir o óleo apenas tirando a vareta é errado e está destruindo seu motor! Os fabricantes divulgam informações contraditórias e o prejudicado é você. Veja a denúncia neste link.

sábado, 27 de outubro de 2012

Mais vale seguir o código

Este é um dos comerciais mais diretos sobre o uso do capacete que já vi:

O capacete é em minha opinião, o item de segurança mais importante na condução de uma motocicleta, mas ainda assim existe quem não o queira.

Eu concordo que na época de calor é realmente difícil ficar com a cabeça enfiada num capacete, principalmente os fechados, mas é inegável que ele é necessário.
Já li algumas discussões e notícias sobre a obrigatoriedade do uso do capacete, e algumas pessoas defendiam que cada um deveria decidir se quer ou não sobreviver após um acidente.




Imagem originalmente postada em: http://motordream.uol.com.br

Inclusive aconteceu uma triste coincidência em uma manifestação nos EUA.

Motociclista em protesto contra capacetes morre... por não ter capacete

Triste e irônico.

Mas a proteção vai além das fraturas no crânio, o uso do capacete pode impedir que o acidente aconteça.


Este inseto colidiu com o capacete a mais ou menos 80 km/h e se tornou essa meleca aí.

No momento do impacto, eu achei que uma pedra tivesse sido levantada por uma caminhão, tamanho foi o barulho, mas a meleca toda denunciou.

Então imagine esse inseto atingindo o seu olho a 80 km/h, será que conseguiria manter o controle da moto?

E se você estiver levando alguém na garupa ou perder o controle e derrubar outro motociclista?


Não se trata somente da sua segurança.

Por isso, além da escolha de um bom capacete, na medida certa e bem ajustado, é importante andar sempre com a viseira fechada.

Vinícius

sexta-feira, 26 de outubro de 2012

Curvas – Parte I


Uma das coisas mais gostosas da vida é se deparar com curvas, muitas curvas.

Essas que você pensou também, mas estou falando em andar de moto.


Coisas boas assim não costumam existir nas cidades, então o motociclista novato pode ser surpreendido ao enfrentar essa nova situação.

Numa estrada desconhecida, podem aparecer curvas extremamente fechadas. Se você vier numa velocidade superior à máxima permitida, poderá ter grande dificuldade em controlar a moto, o que poderá te jogar na contramão.

Não é uma experiência legal. Veja este filme:


(os vídeos têm som, abaixe o volume)


A velocidade de 90 km/h foi muito alta para as condições da estrada e suficiente para que o piloto perdesse o controle. Felizmente, com final feliz.

Comentaram na página de onde tirei o vídeo que o que vale numa moto é a adrenalina. Mas adrenalina em excesso pode resultar em coisa bem pior:


Excesso de velocidade numa curva é um risco grande demais para justificar tão pouca adrenalina.

A busca por adrenalina pode matar. No vídeo a seguir, nem piloto nem garupa sobreviveram.


Parece uma reta, mas era a saída de uma curva, feita em velocidade muito acima da recomendável.

Uma moto não perdoa erros desse tipo.

Então lembre-se:

A regra fundamental para enfrentar uma curva é reduzir a velocidade antes de entrar nela. 

Evite frear ou reduzir de marcha durante uma curva, até que você tenha experiência suficiente para fazê-lo com pleno domínio da moto. Isso leva alguns anos, e não semanas ou meses.

Nunca entre numa curva em velocidade superior à permitida. Os limites de velocidade parecem baixos para quem dirige um carro, mas para quem está começando a pilotar uma moto, eles são bastante adequados.

Uma moto te proporcionará muita adrenalina pelo resto de sua vida.

Então seja prudente e viva por muito tempo para desfrutar disso, juntando histórias para contar e dividir com os amigos.

Um abraço,

Jeff

quarta-feira, 24 de outubro de 2012

Uso do capacete

A importância do uso do capacete é indiscutível, mas tem quem prefira economizar no dito cujo para sobrar grana para trocar o escapamento da moto.


Já que o Vinícius está preparando um material bacana sobre isso, nesta postagem vou falar apenas do que é necessário para que o capacete não seja apenas um enfeite estiloso para se colocar na cabeça.




Motos podem ter reações inesperadas (principalmente se você fizer alguma coisa de que elas não gostem).

E elas são vingativas:



O bom deste filminho é que já mostra porque não se deve usar capacete coquinho ou aberto. Mesmo um tombo besta pode fazer um grande estrago.

Outra coisa importantíssima:

A cinta jugular (aquela que prende o capacete embaixo do queixo) sempre deve estar muito bem ajustada, nem apertada demais, nem folgada demais.

Tem gente que deixa a jugular folgada para facilitar a remoção, motoboys têm esse hábito. Mas é um grande erro (e dependendo do acidente, pode ser o último). 

Dá só uma conferida neste filme (abaixa o volume que tem som):



A cinta jugular estava frouxa, o capacete voou no primeiro impacto e o cidadão foi de cabeça para o chão. 

Nem vou comentar que não é assim que se atravessa uma via, mas ele foi enganado pela velocidade de aproximação do carro. 

Mas se a gente deixa de ver uma moto, deixa de ver um trem, por que seria diferente com um carro? 

Então, voltando ao capacete:

Para que um capacete ofereça proteção integral são necessárias 3 coisas:
  • qualidade e resistência
  • tamanho correto
  • proteger todo o rosto (xô, coquinho!)

E quando for usá-lo, ele deverá estar:
  • muito bem afivelado
  • com a viseira limpa e sem riscos
  • sempre com a viseira fechada

Mas vou parar por aqui porque sei que o Vinícius tem boas histórias para contar sobre isso.

Lembre-se:

Economizar no capacete e usá-lo de maneira incorreta pode representar um grande gasto com hospital, fisioterapeuta e fonoaudiólogo.

Não é uma boa ideia.

Um abraço,

Jeff
ATENÇÃO:
Conferir o óleo apenas tirando a vareta é errado e está destruindo seu motor! Os fabricantes divulgam informações contraditórias e o prejudicado é você. Veja a denúncia neste link.

terça-feira, 23 de outubro de 2012

Consequências de um acidente I – Crash Test

Olá pessoal, este é meu primeiro post no “Minha Primeira Moto” e vou começar abordando algo bastante desagradável:


As Consequências de um Acidente 

Quando eu era pequeno, meu tio apareceu em casa com um VHS (naquela 
época, essas coisas que vemos hoje em dia no youtube, circulavam desse jeito) com diversos materiais educacionais sobre trânsito, que iam desde test drive em tamanho real, propagandas e resgate de corpos após acidentes, mas este último não é o foco do post.

Naquela época não me deixaram ver as cenas mais fortes, mas ainda lembro de diversos testes e animações. 


Encontrei um deles no Youtube, uma propaganda da Volvo que faz uma analogia da fragilidade de humanos e ovos.


Embora este comercial seja destinado ao uso do cinto de segurança, em uma colisão frontal, onde o piloto é arremessado, podemos nos imaginar justamente como um frágil ovo voando para se quebrar assim que atingir o solo.





Ou antes mesmo disso:


Nesse Crash Test, temos um bom exemplo do quanto o carro é um grande alvo para projetar nossos corpos para a destruição. 

Um dos vídeos do VHS que citei no início, dizia que uma criança de 6 anos em uma colisão, passa a ter o peso equivalente a um filhote de elefante. Não encontrei a animação sobre a criança, mas encontrei este vídeo que fala da mesma relação de peso, mas com um adulto.

Um dos pontos que mais me impressionaram no Crash Test, é o quanto um veículo de aproximadamente 180 quilos desloca outro que pesa uma tonelada.


Imagine isso contra seus ossos

Não há cinto de segurança para motociclistas, então temos que tomar todo o cuidado possível.

segunda-feira, 22 de outubro de 2012

Armadilhas do Trânsito – Parte II


Uma coisa que tem vitimado muita gente, por incrível que pareça, são as gentilezas no trânsito.

Já me livrei de encrencas por não aceitar que me dessem a vez para que eu entrasse na preferencial.

A motociclista que parou para que eu entrasse tinha a melhor das intenções, mas ela não tinha a visão que eu tinha do trânsito fluindo atrás dela. 

Se eu tivesse entrado sem analisar, poderia ter me colocado numa situação arriscada.

Hoje uma gentileza feita por um motorista acabou causando um acidente gravíssimo com um motociclista.


O motorista de uma caminhonete deu a vez para que um caminhão cruzasse a preferencial. O motorista do caminhão não viu a moto e o motociclista não percebeu a situação.


Para piorar, o motociclista fez a ultrapassagem da caminhonete pela direita, ficando encoberto para o motorista. Futuramente vamos analisar essa questão do ocultamento da moto e os pontos cegos para motoristas e motociclistas.

Então fica a lição:
  • Monitore a situação à sua frente para não se envolver nesse tipo de situação. 
  • Desconfie se um veículo parar no cruzamento, ele poderá estar dando a vez sem perceber a situação de risco que está criando.
É melhor sempre respeitar as regras de circulação, sem criar situações arriscadas.

E para nós, motociclistas, vale sempre aquela regra, nunca confiar que irão respeitar nossa preferencial.

Um abraço,

Jeff
ATENÇÃO:
Conferir o óleo apenas tirando a vareta é errado e está destruindo seu motor! Os fabricantes divulgam informações contraditórias e o prejudicado é você. Veja a denúncia neste link.

Pilotagem com Garupa – Parte II

Uma coisa muito importante ao pilotar com garupa:

Se for a primeira vez para ela, oriente-a sobre como ela deverá proceder para evitar que ambos corram riscos no trânsito.

Uma garupa assustada com alguma manobra pode desviar o corpo na direção contrária, com medo de cair.

Imagine a situação:

Você vai fazer uma curva e se inclina junto com a moto, sua garupa vai na direção oposta. O resultado é que vocês passam reto pela curva...

Assim, tranquilize-a ensinando como ela deverá se posicionar e onde deverá segurar.

Peça para que ela tenha confiança no piloto e adote uma postura tranquila e relaxada, acompanhando os movimentos do piloto com naturalidade.

Quanto mais próxima a garupa ficar de você, maior será sua facilidade para pilotar. Isso desloca o centro de gravidade um pouco para frente e ajuda a equilibrar a moto.

Uma garupa muito deslocada para trás pode tornar a pilotagem perigosa porque o guidão da moto fica muito leve, podendo causar uma perda de controle.

Fale para sua garupa tirar os pés das pedaleiras somente quando for autorizada para isso. 

Colocar o pé no chão para tentar ajudar a equilibrar a moto é um erro muito comum e uma das piores coisas que a garupa pode fazer. Por exemplo, vocês poderão se atrapalhar e cair no semáforo.

Faça com que sua garupa use roupas e equipamentos de proteção adequados. Ela estará correndo os mesmos riscos que você. 

Levar uma garupa congelando enquanto você está todo agasalhado(a) com sua jaqueta é um desrespeito. 

Se possível, reservem algum tempo para a prática de manobras em baixa velocidade e frenagens de emergência numa área sem muito tráfego antes de se aventurarem em avenidas de trânsito intenso. 

Um abraço,

Jeff

domingo, 21 de outubro de 2012

Cuidados com os Freios - Parte I

Freios, muito cuidado com eles!

Como foi dito, logo que retirar sua moto da concessionária os freios poderão ser ineficazes porque ainda não se ajustaram.

Mas depois de lavar a moto, nas primeiras freadas os freios estarão totalmente ineficientes! Nunca aplique querosene nem contamine discos e tambores de freio com produtos que possam diminuir o atrito.

Não tenha medo de usar o freio dianteiro! 

Esqueça aquela bobagem que te disseram na moto-escola, de usar somente o freio traseiro. 

Para frear uma moto, o correto é fazer a frenagem dosando 70% da força no freio dianteiro e 30% no traseiro. Se estiver com garupa, inverta essa proporção.

Se você usar apenas o freio traseiro, vai demorar quase o dobro para parar a moto e muito provavelmente será jogado no chão pela moto.


Algumas motos travam a roda com o acionamento do freio traseiro, outras não. Nunca dependa apenas dele para parar a moto.

Esqueça aquela idiotice de que não se deve usar o freio dianteiro a disco porque a moto pode capotar.


Se isso fosse verdade, corrida de moto era decidida entre os que não largassem, porque todos usam freio a disco e iriam capotar na primeira curva.

Não é o freio a disco que causa capotagens, é a falta de treinamento no uso do freio. Se você não souber dosar o freio dianteiro, poderá capotar até mesmo com um freio dianteiro a tambor.


O que precisa é saber dosar os freios com a suavidade e a força necessárias conforme exigido pela situação. 

E isso requer prática, muita prática.


Com o tempo, as pastilhas e as sapatas dos freios se desgastarão. Não espere o freio começar a fazer barulho de atrito de metal com metal, porque aí a frenagem será ineficaz e você poderá se acidentar.

Inspecione regularmente as pastilhas do freio a disco, o desgaste não pode eliminar o sulco existente no meio delas.

O desgaste das sapatas do freio a tambor é indicado por uma seta gravada no espelho do freio. Quando o braço de acionamento do freio ficar alinhado com essa marca, é hora da troca.

Um custo pequeno comparado ao prejuízo de uma falha dos freios.

Um abraço,

Jeff

sábado, 20 de outubro de 2012

Minha moto não funciona!!!! – Parte I

Não entre em pânico!

Todo motociclista novato vai passar por essa situação: a moto novinha não quer ligar de jeito nenhum, ou então morre no meio do trânsito e não há jeito de fazer funcionar.

Nossa tendência é pensar primeiro na pior possibilidade. Mas motos têm alguns comandos diferentes dos carros, e eles podem interromper o funcionamento do motor, por isso é preciso lembrar e saber usá-los.

Aí vai uma lista de verificação das coisas que normalmente acontecem:

A moto nova se recusa a dar partida

• Lembrou de ligar a chave?

Já fiz isso num pedágio, desliguei a moto para fazer o pagamento e tentei dar partida sem ligar... por favor, não conte pra ninguém.

• O interruptor do corte de ignição está na posição correta?

É a segunda coisa a ser verificada. Esbarrar nesse interruptor ao sair da moto, ou alguém mexer enquanto você não estava por perto, pode dar muito trabalho se você não estiver atento a isso. Acredite, muitas e muitas vezes você tentará dar partida sem perceber esse detalhe.

• O afogador está na posição correta?

As motos com carburador usam afogador e ele auxilia a dar partida, principalmente nos dias mais frios. Mas tentar ligar a moto quente com ele acionado vai fazer o motor... ahn... afogar com excesso de combustível. 

Caso isso aconteça, não insista em dar partida. Retorne o afogador para a posição correta e espere uns 5 minutos. O excesso de gasolina evaporará e você poderá dar partida normalmente, se não tiver descarregado a bateria com tentativas inúteis. 

• A moto está em neutro? (A luzinha verde acendeu?)

Muitas motos têm um dispositivo de segurança que não permite o acionamento do motor a menos que ele esteja sem nenhuma marcha engatada para evitar que ela saia desembestada assim que você der a partida.

• Você está acionando a embreagem?

Outras motos têm interruptor de embreagem, o motor só dá partida se estiver em neutro ou em primeira marcha com a embreagem acionada.

• Sua moto não está maluca?

Algumas motos têm tudo isso, mas dão partida quando bem entendem, é o caso da minha. Volta e meia dá partida com qualquer marcha engatada, e de vez em quando encasqueta que só vai fazer as coisas do jeito certo. Manias... toda moto tem.

Por via das dúvidas, sempre dou partida com a embreagem acionada para evitar o tranco.

• Recolheu o cavalete lateral?

Algumas motos não dão partida com o cavalete lateral abaixado, é uma medida de segurança para evitar tombos ridículos.

• Sua moto tem gasolina?

Um erro muito comum é esquecer o registro (“torneirinha”) fechado. Ou então andar com ele na posição de reserva até a gasolina acabar. Nesse caso, só empurrando até o posto...

Já aconteceu comigo de desligar a moto à noite e ela não funcionar pela manhã. Coincidiu que eu a desliguei quando ela estava prestes a pedir reserva — durante a noite o resto de gasolina na cuba do carburador evaporou com o calor do motor e pela manhã era impossível dar partida.

Outra possibilidade é que sua tampa do tanque de combustível tipo aeronáutica esteja vedando a entrada de ar no tanque e impedindo o fluxo de combustível — veja a postagem Minha moto anda 1 km e para sem motivo, ou então não dá partida pela manhã.

Pense primeiro nessas possibilidades antes de reclamar na concessionária, o mico seria grande.

• A bateria está carregada?

Uma bateria fraca vai ter muita dificuldade em dar partida. O motor de partida irá girar muito lentamente, ou nem girar. Se a partida for no pedal, será necessário maior vigor na pedalada. 

Numa situação dessas, diminua o consumo de toda a carga elétrica para sobrar um pouco mais para a bateria. Apague o farol e não acione os freios durante a partida. 

O consumo da luz de freio pode ser a diferença entre o motor dar partida ou não. Nem todas as motos permitem apagar o farol na partida, e isso é um problema.

• Há mau contato nos cabos da bateria?

As motos vibram e parafusos tendem a se afrouxar por causa disso. Durante a noite, a bateria esfria e as peças metálicas se contraem, então esse mau contato pode surgir pela manhã. Caso nada se acenda, nem sequer a buzina funcione, verifique se os parafusos que prendem os terminais dos cabos nos polos da bateria estão bem apertados.

A moto nova apagou no meio do trânsito  

• É o primeiro tanque de combustível?

Motos recém tiradas da concessionária possuem uma camada de óleo protetivo no tanque que dificulta a ignição. Sempre abasteça completamente o tanque na primeira utilização (e em todas as outras também) para que a concentração dessa gosma no carburador/injetor não seja alta.

• A moto só funciona depois que você confere se tem gasolina no tanque? 

Veja a postagem Minha moto anda 1 km e para sem motivo, ou então não dá partida pela manhã.

• Verificou o corte de ignição (corta-corrente)?

Primeira coisa a verificar é o interruptor de corte de ignição, você pode ter esbarrado nele sem perceber.

• Acabou a gasolina?

Mude o registro para a posição de reserva e aguarde um minuto antes de tentar dar partida. Leva algum tempo para a gasolina encher o carburador.

Nunca espere a moto pedir reserva, isso não é necessário. Programe o abastecimento sempre quando a gasolina chegar aproximadamente na metade do tanque. 

Ser obrigado a acionar a reserva no meio do trânsito pode ser perigoso se você não tiver prática. Além disso, sua moto roda mais feliz com gasolina fresca. 

• Queimou o fusível?

As motos têm um fusível para proteção dos circuitos elétricos. Se houver uma sobrecarga ou curto acidental, ele se queimará para evitar que o chicote elétrico de sua moto torre com você em cima dela. 

Um curto-circuito é causado pelo contato indevido entre dois fios, ou de um fio com o chassi. Se você não eliminar a causa do curto, os próximos fusíveis também se queimarão.

Um abraço,

Jeff 

PS: Se nenhum desses for o caso, confira também as postagens:

Minha moto não funciona – parte 2 


Minha moto vive com problema na bateria


Minha moto não funciona nem usando o afogador


Como fazer a moto funcionar no tranco


ATENÇÃO:
Conferir o óleo apenas tirando a vareta ou olhando o visor é errado e está destruindo seu motor! Os fabricantes divulgam informações contraditórias e o prejudicado é você. Veja a denúncia neste link. 

sexta-feira, 19 de outubro de 2012

Por que os motoristas não veem as motos? – Parte II



Visão Focal e Visão Periférica


Faça um teste: 

Estique o braço, espalme o máximo que puder e olhe para as pontas de seus dedos.


Você conseguirá ver nitidamente apenas a ponta de um dedo de cada vez, todos os outros estarão bem menos nítidos.


E ao desviar o olhar para outro dedo, aquele primeiro ficará desfocado.


Você só consegue enxergar nitidamente uma pequena região pouco maior que a ponta de seu dedo; do restante da paisagem, você tem apenas uma noção geral.


Não percebemos isso no dia a dia, mas é assim que enxergamos.

A visão focal é a área central de nosso campo visual que permite melhor nitidez e visualização de detalhes. 

É a que usamos para ler e distinguir nitidamente objetos à distância.


Visão periférica é a que contorna a área de visão central do campo visual.

Ela não oferece nitidez, apenas uma percepção desfocada dos arredores e dos objetos em movimento em relação ao restante da paisagem.


Se esse objeto vier diretamente na direção do olhar, como é o caso de uma moto que se aproxima de um motorista num cruzamento, a dificuldade de visualização será ainda maior — a magrelinha desaparece no meio dos carros.


Além disso, nós não enxergamos com os olhos, mas com nosso cérebro. 

Os olhos apenas focalizam e transformam a luz em impulsos nervosos; é no cérebro que as imagens são formadas.

Tanto as reais (captadas pelos olhos) quanto as imaginárias (aquelas que o cérebro espera ver, as ilusões).


Muitas vezes você vê aquilo que espera ver.


E se você não estiver esperando ver uma moto (como a imensa maioria dos motoristas não espera), o cérebro deixa a informação passar batida. Literalmente.


O pior é que nosso cérebro tem uma capacidade de processamento limitada. No meu caso, um 386 ou MMX, no máximo.


Coloque um motorista num cruzamento tentando avaliar se pode cruzar ou não enquanto ele pensa na discussão que teve pela manhã e na desculpa para o atraso que terá que dar no trabalho...

Pronto, não sobrou capacidade de processamento para formar imagens de motos se aproximando.


O motorista poderá deixar de ver você e sua moto, mesmo que vocês estejam diretamente à frente e no campo de visão focal dele.


Olha só como isso acontece direto, é uma das causas mais comuns de acidentes de moto:



E isso acontece tanto de um lado quanto do outro:




De moto, você nem precisa chegar a bater para se acidentar, a frenagem repentina da moto sempre é problemática:



Agora que você já sabe, como evitar esse tipo de acidente?

· Nunca confie que os motoristas estejam te vendo.

· Nunca confie que irão respeitar sua preferencial.

· Evite pilotar em uma linha perfeitamente reta.

· Oscile sua moto de um lado para outro para chamar a atenção.

· Buzine para chamar a atenção. Mas buzina não para quem já está atravessando.

· Esteja sempre preparado para o inesperado.

· Sempre pense num plano de desvio ou frenagem para o caso de tudo isso não funcionar e ele cruzar sua frente. 

· Pilote em uma velocidade que te permita parar com segurança.


· Pratique frenagens e manobras de emergência para estar preparado para a hora em que isso acontecer.


Porque vai acontecer, pode ter certeza.

Um abraço
,

Jeff
ATENÇÃO:
Conferir o óleo apenas tirando a vareta é errado e está destruindo seu motor! Os fabricantes divulgam informações contraditórias e o prejudicado é você. Veja a denúncia neste link.